Palestra abordará produtividade e migração para a indústria 4.0

Será na Câmara Municipal de Parauapebas, na próxima quinta-feira, dia 20, a partir das 19h, com três horas de duração

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Com a organização do Instituto Avançado de Robótica e da Ufra (Universidade Federal Rural da Amazônia), acontece na próxima quinta-feira (20), no auditório da Câmara Municipal de Parauapebas, das 19h às 21h, a palestra “A busca por competitividade e produtividade e a migração para a indústria 4.0”.  O tema será ministrado pelo professor-mestre em Ciências, Rogério Vitalli e as inscrições podem ser feitas no endereço virtual www.doity.com.br/robotica-cmp.

Mas, o que é a indústria 4.0? É um conceito de indústria proposto recentemente e que engloba as principais inovações tecnológicas dos campos de automação, controle e tecnologia da informação, aplicadas aos processos de manufatura. A partir de Sistemas Cyber-Físicos, Internet das Coisas e Internet dos Serviços, os processos de produção tendem a se tornar cada vez mais eficientes, autônomos e customizáveis.

Isso significa um novo período no contexto das grandes revoluções industriais. Com as fábricas inteligentes, diversas mudanças ocorrerão na forma em que os produtos serão manufaturados, causando impactos em diversos setores do mercado.

O termo indústria 4.0 se originou a partir de um projeto de estratégias do governo alemão voltadas à tecnologia. Foi usado pela primeira vez na Feira de Hannover em 2011. Em outubro de 2012, o grupo responsável pelo projeto, ministrado por Siegfried Dais (Robert Bosch GmbH)  e Kagermann (acatech) apresentou um relatório de recomendações para o governo federal alemão, a fim de planejar sua implantação.

Então, em abril de 2013 foi publicado na mesma feira um trabalho final sobre o desenvolvimento da indústria 4.0. Seu fundamento básico implica que conectando máquinas, sistemas e ativos, as empresas poderão criar redes inteligentes ao longo de toda a cadeia de valor que podem controlar os módulos da produção de forma autônoma. Ou seja, as fábricas inteligentes terão a capacidade e autonomia para agendar manutenções, prever falhas nos processos e se adaptar aos requisitos e mudanças não planejadas na produção.

Princípios da Indústria 4.0

Existem seis princípios para o desenvolvimento e implantação da indústria 4.0, que definem os sistemas de produção inteligentes que tendem a surgir nos próximos anos. São eles:

Capacidade de operação em tempo real: Consiste na aquisição e tratamento de dados de forma praticamente instantânea, permitindo a tomada de decisões em tempo real.

Virtualização: Simulações já são utilizadas atualmente, assim como sistemas supervisórios. No entanto, a indústria 4.0 propõe a existência de uma cópia virtual das fabricas inteligentes. Permitindo a rastreabilidade e monitoramento remoto de todos os processos por meio dos inúmeros sensores espalhados ao longo da planta.

Descentralização: A tomada de decisões poderá ser feita pelo sistema cyber-físico de acordo com as necessidades da produção em tempo real. Além disso, as máquinas não apenas receberão comandos, mas poderão fornecer informações sobre seu ciclo de trabalho. Logo, os módulos da fabrica inteligente trabalharão de forma descentralizada a fim de aprimorar os processos de produção.

Orientação a serviços: Utilização de arquiteturas de software orientadas a serviços aliado ao conceito de Internet of Services.

Modularidade: Produção de acordo com a demanda, acoplamento e desacoplamento de módulos na produção. O que oferece flexibilidade para alterar as tarefas das máquinas facilmente.

Quem é Rogério Vitalli?

Engenheiro Mecatrônico pela Poliusp (São Paulo) e Mestre em Robótica pelo ITA (São José dos Campos). Foi professor e orientou alunos da Universidade Paulista (Unip) e na Universidade Bandeirante de São Paulo (Uniban).

Trabalhou com Grupos de Pesquisa do Instituto de Estudos Avançados (IEAV), do Centro Técnico Aeroespacial (CTA), da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá (Unesp-PEG) e Faculdade de Engenharia Mecânica (Unicamp-FEM). Possui mais de 11 anos de experiência na área de Mecatrônica, atuando principalmente nos seguintes temas: Robótica Industrial, Modelagem e Simulação de Manipuladores Robóticos, Cinemática Direta. Cinemática Inversa e lacobianos. Foi responsável pela Divisão de Pesquisa e Treinamento da Motoman Robótica do Brasil e pelo Departamento de Projetos e Desenvolvimento da Kuka Roboter do Brasil.

Atualmente é Diretor Executivo do I.A.R. (Instituto Avançado de Robótica), Robotista Perito pela Kuka Roboter em Augsburg (Alemanha), Examinador Titular da Câmara Brasil-Alemanha (Al-IK) para o Comité de Mecatrônica, Robótica Industrial e Indústria 4.0. Presta serviços de consultoria em Inovação, Montadoras Automotivas, Polos Industriais, Universidades e Faculdades, além de palestrante.

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