Localizada a 10 quilômetros do centro de Parauapebas, a comunidade da Palmares Sul celebrou ontem (26) os 26 anos de criação do povoado. Nascida em um projeto de assentamento, a Palmares Sul é orgulho dos pioneiros, que deram o suor para erguer a vila, que agora é um bairro de Parauapebas.
Devidos à proibição de realização de eventos que gerem aglomeração, por contada pandemia do novo coronavírus, a celebração do aniversário do bairro foi virtual, através da live de um cantor local e homenagens dos moradores pioneiros.
Em suas homenagens os moradores lembraram o início do processo de ocupação, as lutas e conquistas, que foram transformando a vila, até deixar ser classificada como área rural, passando, em 2016, a ser bairro de Parauapebas.
O local, que atualmente tem cerca de 10 mil habitantes, conta com boa estrutura urbana, como praça, campo de futebol, escolas, supermercados, igrejas e outros empreendimentos do comércio. Um dos pioneiros da Palmares, Francisco Pereira recorda como foi o início da ocupação do local.
Ele conta que ajudou na abertura das ruas e encabeçou lutas por melhorias para a comunidade. “Éramos um grupo. Nos dividimos e começamos a fazer a vila, lá onde é Palmares II. Eu assumi a responsabilidade de cortar a vila. Foram 30 dias de serviços. Eu sempre acreditei no desenvolvimento de Parauapebas, por isso tenho a Palmares como minha segunda filha”, lembra Francisco, com orgulho de ser pioneiro e continuar morando no local.
Outra que lembra cada passo dado até a localidade chegar ao que é hoje é a Maria Costa. “Nós morávamos na Vila da Barata e viemos para esse lugar, que logo conseguimos. Começamos a trabalhar na terra e fazer o nosso sustento. Fico muito feliz pelo desenvolvimento deste local. Quando cheguei aqui, era só pasto. Depois começaram a cortar os lotes e aí foi crescendo e cada pessoa foi tendo o seu lugar”, relembra Maria Costa.
Apesar do comércio e outras atividades, a Palmares Sul continua tendo a base da sua economia da agricultura familiar. A produção de lá é vendida nas feiras e mercados de Parauapebas.
Um dos pioneiros que continua vivendo da agricultura é Macvone Sousa. Ele tem um plantio de melancias, de onde tira a renda para sustentar sua família. “Já tem 23 anos que cheguei aqui. Eu vinha acompanhando os sem terras. Chegando aqui eu conheci uma menina e me casei. Nosso casamento foi primeiro celebrado aqui. A cerimônia foi em uma barraquinha de palha. Hoje somos produtores rurais e estamos ajudando a comunidade se desenvolver”, enfatiza.
(Tina Santos- com informações do Portal Parauapebas)