Pará é o 8º Estado mais populoso do país

Continua depois da publicidade

A projeção feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o crescimento da população do Pará em 2012 mostra que o aumento populacional pode chegar a mais de 200 mil pessoas em dois anos. Em 2010, último Censo realizado pelo IBGE, o Estado tinha 7.588.078 pessoas. A projeção indica que em julho deste ano já eram mais de 7.7 milhões de pessoas residindo no Pará.

Segundo a projeção, a população brasileira cresceu 1,57 milhão (0,81%), em relação a julho de 2011, alcançando 193.946.886 de pessoas. Pela projeção, o estado de São Paulo é o mais populoso, com 41,9 milhões de pessoas (21,6% do total de habitantes do país).

Depois de São Paulo, Minas Gerais é a unidade da Federação mais populosa (19,8 milhões), seguida do Rio de Janeiro (16,2 milhões), da Bahia (14,1 milhões), do Rio Grande do Sul (10,7 milhões), Paraná (10,5 milhões), de Pernambuco (8,9 milhões) e do Pará (7,7 milhões).

Belém e Ananindeua continuam sendo os municípios mais populosos do Pará. Marabá, no Sul do Estado, apresenta o maior crescimento populacional proporcionalmente desde 2000: naquele ano pouco mais de 168 mil pessoas residiam no município. Para 2012 a projeção é que 243 mil habitantes estejam residindo na cidade e no meio rural. Belém é a 11ª capital mais populosa do país, com 1.410.430. São cerca de 17 mil moradores a mais que 2010, quando o Censo mostrou que a cidade teria 1.393.399 moradores.

Altamira, ao contrário do que se projetava, vai sofrer um decréscimo da população neste ano em que está sendo construída a Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Em 2010 a população registrada foi de 105.030. Este ano pouco mais de 102 mil pessoas residem no município. Ou seja, 3 mil deixaram o município, ao contrário dos mais de 20 mil novos habitantes que eram esperados por causa das obras de construção civil.

Vitória do Xingu, que fica próxima a Altamira e local onde estão os principais trechos da obra de Belo Monte, incluindo acampamentos para os trabalhadores, passou de 13.480 para 13.777 habitantes. Outros municípios no entorno de Belo Monte como Uruará, Medicilândia, Anapu e Brasil Novo não apresentaram crescimento significativo.

A região da Usina Hidrelétrica de Tucuruí também não apresentou dados significativos de crescimento populacional. Muitos municípios paraenses sofreram êxodo nos dois últimos anos. A maior migração de pessoas ocorreu para os municípios do Sul do Pará, como Marabá, Dom Eliseu, Rondon do Pará, entre outros.

A divulgação das estimativas populacionais está prevista em lei, e os dados estatísticos são usados para o cálculo de indicadores econômicos e sociodemográficos do governo federal, além de servir de parâmetro para a repartição de recursos das políticas públicas e para a distribuição do Fundo de Participação de Estados e Municípios.

Conforme resolução do IBGE, a forma de fazer a projeção do tamanho da população no próximo ano será modificada. “Deverá incorporar novas informações relacionadas à dinâmica demográfica local e incluir procedimentos metodológicos alternativos, como aqueles que fazem uso de variáveis econômicas, sociais e demográficas em nível municipal”, diz o texto.

Em 2013, o chamado Sistema de Projeções da População do Brasil, será atualizado com as informações do Censo Demográfico 2010, das pesquisas por amostragem mais recentes (Pnad), bem como dos registros administrativos (de cadastros públicos) referentes ao ano de 2010.

OPINIÕES

Para a população, a explosão demográfica do Pará pode trazer consequência como o agravamento da violência, o desemprego e a piora de serviços de transporte, educação e principalmente de saúde, apontados pela população como os problemas mais graves causados pelo crescimento desordenado da população. “A população cresce, mas a cidade não tem mais para onde crescer e está inchando” diz a estudante de convênio do Colégio Paes de Carvalho, Tamires Nascimento Sandoval, 18, que mora no bairro da Condor. Ela reclama dos ônibus lotados e do trânsito engarrafado da cidade e já se preocupa com o desemprego e a concorrência na área de Fisioterapia que pretende cursar. “Não tem mais nem espaço para construir casas, só prédios. As casas dos bairros da periferia como o meu parecem favelas”.

“Não adianta crescer se os serviços básicos não acompanham esse crescimento desordenado. A população aumenta, mas a saúde, educação e segurança não melhoram”, diz o estudante de Música da UEPA, Josiel Rodrigues de Lima, 19. Segundo ele, “tem que haver controle de natalidade ou a cidade entra em colapso”.

Quem também é a favor do controle de natalidade é a técnica em educação Fernanda Palheta, 39. “Precisa existir um trabalho de planejamento familiar principalmente entre os jovens que constituem família sem planejar nada. Isso gera um crescimento populacional desordenado e como consequência os serviços de saúde e educação ficam defasados”, considera.

Fonte: Diário do Pará

Deixe seu comentário

Posts relacionados