A Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), está envolvida na criação do Observatório de Cultura da Região Norte, uma ação cujo objetivo é identificar e mapear as iniciativas, os projetos e as agendas culturais que atuam na Amazônia. Além disso, o Observatório também visa observar os pontos críticos que impedem a expansão da oferta da produção cultural da região.
O pró-reitor de Extensão da UFPA, Fernando Arthur, reuniu-se com outros pró-reitores de Extensão da Região Norte em um encontro que também contou com a presença de um representante da Secretaria da Economia Criativa da Região Norte. Este representante veio orientar a criação do Observatório de Cultura, porém o pró-reitor afirma que “não foi dado nenhum ponto de referência para a criação, alguém em quem possamos nos espelhar”. Em outras regiões do País, existem apenas iniciativas de Observatórios, sem ainda nenhuma rede nacional bem articulada. Por conta disso, Fernando Arthur diz que o foco, no momento, é “constituir um grupo que pense de que forma esse Observatório deve ser conduzido.”
Rede das universidades da Amazônia – Sobre a primeira medida tomada para a criação, Fernando Arthur disse que o foco seria “formar uma rede das universidades da Amazônia para que elas possam dialogar e trocar conhecimento e informação no âmbito das artes”. O pró-reitor destaca a importância do Observatório como um projeto que poderá “promover o monitoramento das atividades e ações de incentivo à arte e à cultura”, aspectos que têm certa deficiência na Região Norte.
A criação do Observatório contará com a participação de todas as universidades públicas da Amazônia. O envolvimento deve acontecer por meio dos departamentos culturais das Pró-Reitorias de Extensão, assim como pelas faculdades ligadas à arte e à cultura, e por meio das instituições que tenham algum acervo cultural, como museus e coleções. Exemplos, na UFPA, de instituições não ligadas diretamente à cultura, mas que deverão ser envolvidas são as Faculdades de Geologia e de Engenharia, as quais contam, respectivamente, com o Museu de Gemas e com um grande acervo de documentos históricos.
Texto: Anne Beatriz – Assessoria de Comunicação da UFPA