Uma queda de 71% nos casos de dengue no Pará foi verificada nos oito primeiros meses de 2014, em relação ao mesmo período do ano passado. O nono Informe Epidemiológico sobre a Situação da Dengue no Pará em 2014 foi divulgado nesta quarta-feira (3), pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). De janeiro a 29 de agosto deste ano, foram notificados 7.303 casos suspeitos da doença, dos quais 2.262 foram confirmados.
Desde 2 de agosto, o Ministério da Saúde adotou uma nova classificação para casos de dengue – dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave -, em substituição à classificação anterior – dengue clássico, dengue com complicações e dengue hemorrágico. Os casos com início dos sintomas no final de 2013 têm 60 dias para serem encerrados no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan). Os casos confirmados estão sendo divulgados com as duas formas de classificação.
De acordo com a Coordenação Estadual de Controle da Dengue, dos 2.262 casos confirmados, 583 casos receberam a nova classificação, sendo 563 de dengue e 20 de dengue com sinais de alarme. Já pela classificação anterior, houve 1.679 casos da doença, sendo 1.674 de dengue clássico, quatro de dengue com complicação e um de dengue hemorrágico. Os seis municípios com maior número de casos confirmados são Parauapebas (488), Senador José Porfírio (223), Belém (186), Pacajá (169), Oriximiná (168) e São Félix do Xingu (164).
O Informe Epidemiológico também aponta que o Pará tem registrado redução considerável nos casos de dengue desde 2011. De acordo com o histórico dos últimos anos, os dados apontam 15.537 casos confirmados em 2011, e 13.519 em 2012. De janeiro a 29 de agosto de 2013 foram registrados 7.807 casos de dengue. Em comparação ao mesmo período deste ano, foram confirmados apenas 2.262 casos, correspondendo à queda de 71% em 2014 em relação aos oito primeiros meses do ano passado.
Vigilância Epidemiológica – A Coordenação Estadual orienta as Secretarias Municipais de Saúde a informarem em 24 horas a ocorrência de casos graves e óbitos suspeitos de dengue. Nenhum óbito suspeito foi notificado até o momento.
Para a confirmação de óbitos por dengue é necessária a investigação epidemiológica com aplicação do Protocolo de Investigação de Óbito do Ministério da Saúde, que prevê exames laboratoriais específicos, em laboratórios credenciados do Estado, como o Laboratório Central (Lacen), e no Instituto Evandro Chagas (IEC), que são preconizados pelo Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério para o correto encerramento de casos graves e óbitos no Sinan.
Segundo o secretário de Estado de Saúde Pública, Hélio Franco, a população deve permanecer em alerta contra a dengue o ano inteiro, porque as chuvas no Pará não cessam nem no período de estiagem. Portanto, é preciso evitar acúmulo de água em objetos e lixo, que podem ser transformados em criadouros para o Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue.