PARA ALGUNS CANDIDATOS DESESPERADOS

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O blogueiro Chico Cavalcante, faz alusão em seu blog de algumas táticas eleitorais que deveriam fazer parte dos projetos de alguns candidatos de Parauapebas. Senão vejamos:
DESCUBRA O QUE O ELEITOR QUER OUVIR
Por meio de pesquisas, detecte os temas que mais seduzem o eleitorado. Essa bússola levou Lula e Fernando Henrique Cardoso a transformar o emprego no principal tema de suas campanhas, até a explosão da crise mundial. Maluf, que tinha fama de fazedor de estradas e viadutos, virou defensor de programas sociais depois que as pesquisas recomendaram. Sua principal proposta é o Cingapura, projeto de casas populares.
ACHE O PÚBLICO CERTO
A “embalagem” do candidato varia de acordo com o eleitor a ser conquistado. Os evangélicos candidatos a deputados fazem campanha com a Bíblia na mão, porque lhes interessa apenas o voto dos fiéis. Quando concorrem ao Executivo, são mais discretos, para não espantar o público de outras religiões. Oscar, “o do basquete”, queria o voto jovem. Seu jingle é era rap, seu programa parecia um videoclipe e as letras dos cartazes lembram as do time de basquete Chicago Bulls.
ACHE A IMAGEM CERTA
Não é possível mudar totalmente a imagem de um candidato, mas pode-se corrigir sua postura. Lula diminuiu o comprimento da barba e começou a usar terno quando passou a almejar a Presidência. O governador Mário Covas, que tinha a imagem de pouco resolvedor, passou a ser mostrado na propaganda como estadista, posando ao lado de líderes internacionais como o presidente francês Jacques Chirac, o americano Bill Clinton e o espanhol José María Aznar.
VENDA IDÉIAS ATRAENTES E VIÁVEIS.
É preciso identificar o candidato com uma idéia, um slogan. Fernando Collor elegeu-se como “O caçador de marajás”. Fernando Henrique se apresentava como o homem que trouxe a estabilidade. No Rio Grande do Sul, o eleitor achava que o Estado estava estagnado. O governador licenciado Antonio Britto, que negociou a ida da fábrica da General Motors para o RGS, vendeu a idéia de que esse era apenas o início da recuperação. Seu slogan era “O Rio Grande voltou a ganhar”.
TORPEDEIE O INIMIGO
Na guerra das eleições, não basta disparar acusações contra os adversários, é preciso escolher os ataques mais eficientes. Ao ver que seu concorrente, Anthony Garotinho, tinha pouca rejeição entre o eleitorado, Cesar Maia tentou arrastá-lo para baixo vinculando sua imagem à do ex-governador Brizola, cuja rejeição é altíssima. Repetia, na propaganda: “Garotinho é Brizola”. A tática não funcionou. Em São Paulo, Maluf usou a mesma estratégia vinculando Rossi a Brizola, e seu adversário perdeu pontos.
DESARME ARMADILHAS
É preciso proteger o candidato dos ataques dos competidores. Em São Paulo, nas eleições municipais de 1996, circularam folhetos apócrifos acusando o candidato do PDT, Francisco Rossi, de “bater na mãe”, dona Mercedes. Seus adversários fizeram com que esses boatos voltassem à tona na eleição seguinte. Rossi passou a levar a mãe a seus comícios, aos debates entre os candidatos e mesmo aos programas de televisão para fazer depoimentos a seu favor, evitando que o boato prosperasse.

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