Nesta segunda-feira (12), o diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), Luciano Guedes, assinou, em Manaus, um termo de cooperação técnica junto à agência de defesa agropecuária do Amazonas. O documento prevê a realização de diversas ações conjuntas entre as duas agências, para a promoção da defesa agropecuária principalmente nos municípios que estão na fronteira entre os dois Estados.
Entre as ações estão o desenvolvimento de educação sanitária, fortalecimento das fiscalizações do trânsito interestadual de animais e produtos de origem animal e vegetal, compartilhamento de informações técnicas e apoio logístico, entre outros. “Firmamos esse termo de cooperação com a agência do Amazonas, com o objetivo de aprimorar as ações de defesa agropecuária, sobretudo na região de fronteira, fortalecer a produção rural nesses locais, além de ajudar a cumprir o compromisso para que o Brasil receba o certificado de país livre da febre aftosa em 2018”, afirma o diretor geral da Adepará, Luciano Guedes.
Atualmente, apenas algumas áreas no país são consideradas zonas livres da febre aftosa, entre elas o Pará, que recebeu o reconhecimento em 2014. O Amazonas ainda não é considerado área livre, mas está se preparando para iniciar as ações de combate à doença e receber o certificado.
No mesmo evento em que foi assinado o termo de cooperação, começou também o curso de aplicação do plano de contingência para a febre aftosa no Amazonas, com o objetivo de capacitar os médicos veterinários que atuam na agência de defesa agropecuária do Amazonas. “Essa capacitação será fundamental para que possamos iniciar as atividades de combate e erradicação da febre aftosa em nosso Estado. Recebemos técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa, que irão conduzir o treinamento nos próximos dias”, explica o presidente da agência de defesa do Amazonas, Sidney Leite.
O diretor da Adepará, Luciano Guedes, chama atenção, ainda, para a migração dos rebanhos entre o Pará e o Amazonas. Isso acontece pois, no período das cheias dos rios da Amazônia, o rebanho migra de um Estado para outro. “Por isso é muito importante que as duas agências estejam afinadas e atuem em parceria, principalmente porque o nosso Estado já é livre da febre aftosa, então precisamos estar protegidos e proteger o nosso rebanho”, diz.
Atualmente, a agropecuária responde por 13% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Pará, produzindo uma receita de aproximadamente R$ 6 bilhões. O status de livre da febre aftosa garante aos produtores paraenses alcançarem diversos mercados nacionais e internacionais, pois a doença é uma das mais abrangentes barreiras sanitárias do mundo. (Ascom Adepará)