Com investimentos precários em ciência e tecnologia, o Pará apareceu mal na foto num estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), que lançou no último final de semana o Índice Fiec de Inovação, uma espécie de raio-x de como os estados se posicionam em questões determinantes para o processo inovador.
Mesmo sendo um dos maiores exportadores e produtores de riquezas do país, o Pará não consegue transformar seu potencial econômico em desenvolvimento e inovação. E pouco investe para isso. Tanto é que foi de mal a pior em todos os pilares da pesquisa, que é dividida em Índice de Capacidades e Índice de Resultados. O Índice de Capacidades mensura capital humano, infraestrutura de telecomunicações, investimento público em ciência e tecnologia e a inserção de mestres e doutores na indústria. Nesse quesito, o Pará ficou em 21º lugar (ou seja, foi o 8º pior entre as 27 Unidades da Federação).
Essa mesma posição foi alcançada no Índice de Resultados, formado pelos indicadores de propriedade intelectual, produção científica, competitividade global em setores tecnológicos e intensidade tecnológica da estrutura produtiva.
A nota geral do Pará foi 0,19, quatro vezes inferior à nota de São Paulo, 0,8, o estado mais inovador do Brasil. Na Região Norte, o Pará perde para o Amazonas, cuja nota foi 0,46 (acima de estados como Goiás, 0,38, e Espírito Santo, 0,35). O Amazonas é o 9º estado mais inovador do país.