Parece que ele veio para ficar, embora fosse previsto de acontecer apenas após 2021, com a plena capacidade de produção da mina de S11D, em Canaã dos Carajás. O Pará chegou ao topo da produção de recursos minerais no país em 2019 e não quer mais sair. “Ajudado” pelo efeito nefasto do rompimento da barragem da Vale no município de Brumadinho, que motivou a paralisação de diversas frentes de lavra em Minas Gerais, o estado mais rico do Norte destronou o pioneiro da indústria extrativa no Brasil.
Dados levantados neste sábado (1º) pelo Blog do Zé Dudu junto à Agência Nacional de Mineração (ANM) mostram que o Pará movimentou este ano, até o momento, R$ 21,83 bilhões em minérios, sendo que o ferro é o carro-chefe com R$ 16,76 bilhões (77% de participação). Enquanto isso, Minas Gerais movimentou R$ 21,41 bilhões, sendo R$ 17,62 bilhões provenientes do minério de ferro. Minas ainda leva vantagem na produção de ferro, mas com a expectativa de a Vale aumentar o passo de produção na Serra Sul de Carajás, no Pará, o estado do Sudeste também perderá o cetro.
A produção mineral nacional este ano chega a R$ 52,85 bilhões, encabeçada por ferro (R$ 34,51 bilhões), ouro (R$ 4,42 bilhões), cobre (R$ 3,59 bilhões), água mineral (R$ 1,4 bilhão) e alumínio (R$ 1,3 bilhão). Os municípios paraenses de Parauapebas (R$ 10,98 bilhões) e Canaã dos Carajás (R$ 6,35 bilhões) lideram a produção, seguidos dos mineiros Nova Lima (R$ 3,03bilhões), Itabira (R$ 2,22 bilhões) e Congonhas (R$ 2,14 bilhões).
Confira a lista dos estados que mais movimentaram recursos financeiros de mineração até o momento!