Pará entra 2025 com 8,711 milhões de habitantes

Estimativa aponta Parauapebas com 309 mil moradores, mas projeção não leva em conta diáspora devido à crise administrativa que se abateu sobre Capital do Minério desde 2023, fazendo com que muita gente fosse embora para as vizinhas Marabá e Canaã dos Carajás, a que mais cresce no Brasil

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De 2024 para 2025, o Pará recebeu ou viu nascer uma população suficiente para erguer uma cidade do tamanho de Xinguara. Foram exatos 46.890 habitantes incrementados no estado, que segue sendo o 9º mais populoso do Brasil e número 1 na Amazônia. As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu.

A população do Pará é de exatos 8.711.196 moradores, mas o dado só será revelado oficialmente no final de agosto deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por ocasião da divulgação da Estimativa da População 2025. Até lá, continua valendo a população de 8.664.306 habitantes, da estimativa de 2024.

Em 2025, à frente do Pará estão:

  • 1º São Paulo — 46.081.801
  • 2º Minas Gerais — 21.393.441
  • 3º Rio de janeiro — 17.223.547
  • 4º Bahia — 14.870.907
  • 5º Paraná — 11.890.584
  • 6º Rio Grande do Sul — 11.233.263
  • 7º Pernambuco — 9.562.007
  • 8º Ceará — 9.268.836

O ano de 2025 também marca o avanço da população idosa. Pela primeira vez, o Pará ultrapassou a marca de 1 milhão de anciãos. São exatamente 1.001.328 pessoas com 60 anos ou mais de idade, 40 mil a mais que em 2024. Por outro lado, o número de crianças e adolescentes está em queda livre, tendo diminuído em 36 mil habitantes. Atualmente, a população até 15 anos soma 2.142.203 habitantes. Mantida a tendência, em 25 anos o Pará terá mais idosos que crianças e adolescentes e as escolas de educação básica poderão se tornar elefantes brancos devido à diminuição drástica na taxa de natalidade.

População dos municípios

Este ano, nenhuma alteração haverá no ranking dos municípios mais populosos, sendo que Belém, com 1,4 milhão de habitantes, segue na dianteira, seguida de Ananindeua, que vai chegar a 510 mil, e Santarém, com 362 mil. Parauapebas entra 2025 com 309 mil habitantes, mantendo distância de Marabá, que atinge 292 mil. Castanhal, com 210 mil, vem logo atrás.

Apesar de as projeções superestimarem os dados populacionais de Parauapebas, a verdade é que a Capital do Minério tem enfrentado, de 2023 para cá, freada brusca nos números migratórios, que não são captados pelas estimativas de população, as quais se baseiam apenas em dados dos dois últimos censos (no caso, o de 2022 e o de 2010).

Devido à grave crise administrativa em que se mergulhou de 2023 para cá, culminando até em demissão em massa de servidores públicos e, mais recentemente, na demissão de trabalhadores CLT, Parauapebas vê dezenas de seus residentes irem embora diariamente, e não para muito longe: os destinos principais são Canaã dos Carajás e Marabá, onde empreendimentos de mineração e infraestrutura encabeçados pela mineradora multinacional Vale deixam as cidades com a economia atrativa e com o mercado de trabalho atrativo.

Um reflexo real da perda de habitantes de Parauapebas está nos números oficiais de matrículas na rede municipal, que caiu em 2024, ao passo que aumentou na vizinhança. Enquanto a rede municipal da Capital do Minério perdeu cerca de 1.300 alunos, a rede municipal de Canaã dos Carajás ganhou 1.600, o que mostra um movimento migratório que marcha para consolidar a Terra Prometida como celeiro demográfico.

Não por acaso, a população de Canaã chega a 91 mil habitantes em 2025, dez vezes mais que 30 anos atrás, quando foi emancipado. Canaã dos Carajás segue sendo o município que mais cresce no Brasil há 25 anos consecutivos — e por tempo indeterminado.

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