Pará não registra há mais de seis meses roubos a bancos na modalidade “vapor”, diz Segup

Os dados foram divulgados na noite desta segunda-feira (12). Segundo a Segup, foco nas investigações, investimento em inteligência e na estruturação da Delegacia de Repressão a Roubos a Banco e Antissequestro contribuíram para coibir esse tipo de crime

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A Secretaria de Segurança e Defesa Social do Pará (Segup) divulgou, na noite desta segunda-feira (12), dados que mostram que há mais de seis meses o estado não registra ocorrências de roubo na modalidade conhecida como “vapor” ou “novo cangaço”. Segundo os dados, de janeiro a junho deste ano, nenhum crime (nesta modalidade) foi computado quando comparado com o mesmo período do ano de 2020, onde dois casos foram registrados. O número representa uma redução de 100% do crime.

Para o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Pará, Ualame Machado, o investimento em inteligência e melhoria da estrutura da Segurança Pública do estado contribuíram para a redução desse tipo de crime.  “Estamos neste ano de 2021, sem apresentar um caso de roubo a banco na modalidade novo cangaço ou vapor, que é aquela em que os criminosos dominam as cidades, atacam instituições, inclusive utilizando explosivos. Isso representa uma redução de 100% em relação aos anos anteriores. Isso se deve a grande estrutura que foi montada, como a implantação de uma delegacia especializada para combater esse tipo de criminalidade”, destacou Ualame Machado.

Segundo ele, o foco nas investigações, investimento em inteligência e na estruturação da Delegacia de Repressão a Roubos a Banco e Antissequestro são alguns dos fatores que estão coibindo essa prática criminosa. “A desarticulação antecipada das ações criminosas e mandados de prisão previamente expedidos para prender integrantes de quadrilhas organizadas estão entre as medidas que a segurança pública vem utilizando para combater esse tipo de modalidade criminal”, aponta o secretário.

Ele enfatiza que o trabalho preventivo de inteligência tem sido crucial no combate a esse tipo de crime. “O último caso ocorrido foi no final do ano de 2020. Esse resultado é fruto da nossa estratégia voltada nas investigações e na inteligência, inclusive, desarticulando e antecipando as empreitadas criminosas que o crime organizado pretendia desenvolver na nossa região”, ressaltou Ualame Machado.

O assalto na modalidade “novo cangaço” ou “vapor” é caracterizado pela violência das quadrilhas quando chegam a uma cidade, dominando a população e atacando instituições públicas, como quartéis da Polícia Militar e delegacias. O termo foi usado no Pará no início da década de 2000, mas a forma de atuação também é comum no Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil.

De acordo com os dados da Segup, agora no início do mês de julho, integrantes de uma quadrilha que planejavam roubar instituições bancárias em Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará, foram presos. A ação foi desencadeada após dois meses de investigação, com a identificação e localização de um sítio na zona rural do município, onde o grupo criminoso se reunia para planejar as ações, que seriam executadas nas próximas semanas.

Tina DeBord