Os paraenses vão desembolsar cerca de R$ 122 bilhões em gastos com produtos e serviços até o final deste ano. O estado responde por 2,6% da fatia de consumo nacional e, mesmo diante do cenário de crise, aumentou sua participação em relação ao ano passado, quando o consumo foi de 2,49%. As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu, que teve acesso a um levantamento que acaba de sair do forno realizado pelo IPC Marketing, consultoria especializada em geografia do consumo.
Com 8,6 milhões de habitantes estimados para este ano, quando o assunto é consumo, o Pará só perde para São Paulo (R$ 1 trilhão e 280 bilhões), Minas Gerais (R$ 476,8 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 443,3 bilhões), Rio Grande do Sul (R$ 315,9 bilhões), Paraná (R$ 298,1 bilhões), Bahia (R$ 249,8 bilhões), Santa Catarina (R$ 221,3 bilhões), Goiás (R$ 159,9 bilhões), Pernambuco (R$ 154 bilhões) e Ceará (R$ 136,4 bilhões).
A capital paraense aparece na lista das 50 com maior potencial de consumo do país, com movimento estimado em R$ 33 bilhões para gastos com produtos e serviços. Segundo o IPC Marketing, Belém é a 13ª maior praça de consumo do país e avançou uma posição em relação a 2018, quando ficou em 14º lugar.
Crescimento econômico
O Pará é apontado também como um dos poucos estados brasileiros que devem apresentar crescimento em sua produção de riquezas ao longo de 2019. As informações são da Consultoria Tendências, que revela ser a Região Norte a única do país em que não fechará o ano em recessão, com o encolhimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano em relação a 2014. Para a consultoria, o Norte vai crescer 0,6% em relação a 2014, enquanto as demais regiões vão cair de 0,1 (Centro-Oeste) a 4,7 (Nordeste). A Região Nordeste é a que esboça a situação mais crítica.
Apenas este ano, a economia da Região Norte vai crescer 3,5%. De acordo com a Tendências, o Pará é um dos que puxam o crescimento, particularmente guiado pelo projeto da mineradora Vale em Canaã dos Carajás, o S11D. O outro sustentáculo do crescimento do Norte é a Zona Franca de Manaus, que tende a ser beneficiada com incentivos e a retomada discreta da economia. Com a elevação da economia, o consumo cresce e o mercado fica aquecido.