Ulianópolis é o município do Pará com a mais baixa taxa de mortalidade geral. É o que revelam microdados do Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes aos óbitos informados no período de um ano, entre agosto de 2021 e julho de 2022. As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu.
No período de 12 meses corridos, Ulianópolis registrou 94 óbitos para uma população de quase 38 mil moradores, o que confere proporção de uma morte para cada grupo de 404 residentes. Com esse desempenho, o município — que é vizinho de Paragominas — é o 5º do Brasil com a mais baixa taxa de mortalidade geral, atrás apenas de Piraquê (TO), com um óbito para cada 456 habitantes; Balbinos (SP), com um para 486; Fernando de Noronha (PE), com um para 528; e Pimenteiras do Oeste (RO), com uma morte para cada 539 residentes.
Cabe lembrar que os óbitos computados pelo IBGE foram informados pela própria população residente por ocasião da coleta do Censo 2022. São registros que se diferem, por exemplo, dos números do Ministério da Saúde, que possui cadastro administrativo próprio, o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), para contabilização de óbitos.
Em 2022, Bannach, município menos populoso do Pará com pouco mais de 4 mil moradores, foi o 11º do país com a menor taxa de mortalidade, com um óbito para cada grupo de 366 moradores. Já Baião, com um óbito para cada 335 habitantes, está na 27ª colocação, enquanto Canaã dos Carajás, com um para cada 307 cidadãos, está no 40º lugar.
Canaã dos Carajás chama atenção porque é o município brasileiro com mais de 75 mil habitantes onde se morre proporcionalmente menos. Em 2022, segundo o IBGE, foram computados 251 óbitos para uma população total de 77 mil habitantes. É uma performance positiva, principalmente considerando que a Terra Prometida é o município que mais aumentou a população no Brasil por dois censos demográficos consecutivos. Isso mostra que o município tem conseguido assegurar qualidade de vida à população e elevar a expectativa de vida.
Para fechar o top 50, o Pará emplacou ainda Portel. Com quase 63 mil habitantes em 2022, o município que é porta de acesso ao arquipélago do Marajó, computou apenas 208 mortes em um ano, garantindo a proporção de um óbito para cada grupo de 300 habitantes.
Outros destaques
Parauapebas é o município do Brasil com mais de 200 mil habitantes onde menos se morre. Em 2022, a Capital do Minério registrou 943 mortes para uma população de 268 mil moradores, na proporção de uma morte a cada grupo de 284 pessoas. É um indicador excelente e que coloca Parauapebas na 68ª colocação nacional geral, à frente de todas as capitais brasileiras. O ponto negativo é a explosão de mortes por acidentes de trânsito, sobretudo motocicletas.
No grupo de municípios mais populosos, que conta com 152 nomes, Palmas, capital do Tocantins, está em 2º lugar. Lá, a mortalidade geral registrada no último censo foi de um óbito para cada 237 moradores. Na 3ª posição está Rio Verde (GO), com uma morte para 236 pessoas.
Na 23ª colocação do grupo, Marabá, com 267 mil habitantes, computou 1.377 mortes em 2022, uma para cada 194 moradores. É um resultado melhor que o de Ananindeua (uma morte para cada 185 pessoas), Santarém (uma para 179) e Belém (uma para 150).
Os piores resultados nesse grupo — ou seja, onde é proporcionalmente mais “fácil” morrer — foram verificados nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, onde há elevado percentual de população idosa. Os destaques negativos estão nos estados do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, onde Pelotas (RS), com um óbito para cada 115 habitantes, e Magé (RS), com um para cada 118, posicionam-se respectivamente como os mais mortais.
No geral, os municípios com as mais altas taxas de mortalidade do Brasil são Senhora do Porto (MG), com uma morte para cada grupo de 68 habitantes; Coqueiros do Sul (RS), com um para 67; Montauri (RS), com uma para 65; São João do Pau d’Alho (SP), com uma para 57; e União da Serra (RS), com uma morte para 53 residentes.