Pará tem 8 das 20 piores cidades para se viver no Brasil

Índice criado em Harvard avalia o desenvolvimento da população com base em resultados socioambientais
Vista aérea do Município de Trairão (PA)

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Desenvolvido pela organização americana sem fins lucrativos Social Progress Imperative (SPI), o Índice de Progresso Social (IPS) mede o bem-estar das populações com base em resultados sociais e ambientais, ao invés de focar em indicadores econômicos tradicionais. Segundo o indicador, criado por um professor da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, o Pará detém 8 das 20 piores cidades para se viver no Brasil.

O IPS Brasil 2024, calculado pela associação de mesmo nome, avalia a qualidade de vida dos brasileiros sob diversas perspectivas, permitindo a comparação entre municípios, estados e regiões. As condições e meios para a população prosperar também são analisadas, e os indicadores são levados em consideração nos cálculos.

As 20 piores cidades do Brasil em 2024, segundo o IPS

As notas variam de 0 a 100, e quanto maior a média, melhores são as condições apresentadas. Conheça o ranking das 20 cidades que se destacam como as piores cidades para se viver no Brasil deste ano:

  • Uiramutã, RR – 37,63
  • Alto Alegre, RR – 38,38
  • Trairão, PA – 38,69
  • Bannach, PA – 38,89
  • Jacareacanga, PA – 38,92
  • Cumaru do Norte, PA – 40,64
  • Pacajá, PA – 40,70
  • Uruará, PA – 41,26
  • Portel, PA – 42,23
  • Bonfim, RR – 42,27 
  • Anapu, PA – 42,30
  • Oiapoque, AP – 42,46
  • Pauini, AM – 42,63
  • Nova Nazaré, MT – 42,78
  • São Félix de Balsas, MA – 43,05
  • Feijó, AC – 43,11
  • Amajari, RR – 43,38
  • Pracuúba, AP – 43,50
  • Gaúcha do Norte, MT – 43,53
  • Santa Rosa do Purus, AC – 43,78.

O estado do Pará lidera o ranking com folga.

O que é o Índice de Progresso Social (IPS)?

Criado pelo professor Michael Porter, da Harvard Business School, o IPS surgiu há dez anos para avaliar o progresso a partir de dados sociais e ambientais, excluindo critérios econômicos. A metodologia foca nos resultados gerados, não no investimento realizado, o que ajuda na elaboração de políticas públicas.

Para a realização da edição 2024, 53 indicadores nacionais foram utilizados. Entre eles, estão dados de fontes oficiais e de institutos de pesquisa, como DataSus, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Neste ano, o Brasil ficou na 67ª posição no ranking global do IPS, uma queda significativa em relação à 46ª posição do início do acompanhamento, em 2014. Esse retrocesso reflete o aumento das desigualdades sociais e econômicas gerais. As capitais, por outro lado, tendem a obter melhores pontuações.

Critérios de avaliação do IPS

O IPS avalia os municípios por três grandes grupos:

  • Necessidades Humanas Básicas: inclui nutrição, saúde, moradia e segurança;
  • Fundamentos do Bem-Estar: como acesso ao conhecimento, comunicação e saúde ambiental;
  • Oportunidades: foca em direitos individuais, inclusão social e educação superior.

Dentre esses grupos, o critério “Necessidades Humanas Básicas” teve a melhor pontuação média (73,58), enquanto “Oportunidades” apresentou o pior resultado geral (44,83). Os componentes mais críticos foram Direitos Individuais (35,96), Acesso à Educação Superior (43,88) e Inclusão Social (48,42).

Por outro lado, áreas como Nutrição e Cuidados Médicos Básicos (70,51), Acesso ao Conhecimento Básico (71,82) e Água e Saneamento (77,79) tiveram índices mais elevados.

Impactos no progresso social

O desempenho do Brasil no IPS é uma métrica importante para o país atingir as metas do Acordo de Paris e da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Como detentor de uma das maiores biodiversidades do planeta e da Floresta Amazônica, o Brasil desempenha um papel fundamental no equilíbrio climático global. No entanto, o desmatamento e a crescente desigualdade ameaçam o progresso socioambiental do país.

Ainda assim, o IPS avalia o Brasil como uma referência em áreas sociais, como o Sistema Único de Saúde (SUS) e os programas de transferência de renda, que auxiliam milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade social. São programas de alcance nacional, diz o relatório.

A novidade é que o IPS será atualizado anualmente, o que permitirá acompanhar a evolução das métricas socioambientais no Brasil. Em 2024, o país atingiu uma média de 61,83 no IPS, com uma posição global de 67º entre 170 países.

Por Val-André Mutran – de Brasília

17 comentários em “Pará tem 8 das 20 piores cidades para se viver no Brasil

  1. Agenor Responder

    Tem lugares mais difíceis e piores com certeza. Por que escolheram esses? E justo todos na Amazônia. Metódico e não reflete a realidade. Portel Anapu Jacareacanga Trairão são melhores q muitos locais da região bragantina. E os do nordeste? Ah vão plantar batatas

  2. William Braga Responder

    Esse suposto jornalista, não deve ser paraense “ZÉ DUDU”, já basta os jornalistas do sul e sudeste do país, que nos veem com despreso e denigrem o Estado Pará, temos pessoas, que mesmo morando e usufruindo de nossa hospitalidade, amizade e riquezas, desteuindo nossa falna e flora, ainda são capazes de com palavras abominaveis, nos jogar no esgoto. Vão pra casa do carai.

  3. Paulo celso rodrigues leal Responder

    Essa pesquisa é uma merda eu moro em placas a 60 km de uruara que e muito melhor do que a minha cidade placas não está na lista até a henergia vem de uruara e a pesquisa mostra uruara como mais ruim do que placas kkk deve ser o lule que fez a pesquisa kkk

  4. Fabio Responder

    Em se tratando do Pará, tudo tem que se levar em consideração. Lugar maldito
    Nunca pisarei nesta terra.

  5. Eunice Oliveira Responder

    Creio que alguns comentaristas não atentaram para os percentuais apresentados. Apenas leram e viram o que lhes era mais conveniente. E todas as pesquisas são efetuadas em um recorte de tempo. Ah… Melgaço está com uma mudança significativa e não por iniciativa governamental. Que fique claro.

  6. Adão Responder

    Aqui na minha região já foi lugar bom de se morar hoje tá cidade fantasma,50% dos imóveis à venda ou pra alugar. E a culpa do prefeito,governo do estado e do b4did0 de nove dedos. Itaituba-aPÁ

  7. Gersongrei Responder

    Portel nunca esteve nessa lista e agora que está em amplo desenvolvimento, novos bairros ruas pavimentadas com crescimento urbanístico, estradas pavimentadas ligando portel a Belém, novas instituições financeiras na cidade novos bancos, obras de cunhos social nunca vistos na cidade e que não tem em outro municípios do Pará, sendo o primeiro do marajó em arrecadação de impostos, ultrapassando municípios considerados grandes, não dá pra levar a sério essa pesquisa.
    (Melgaço que sempre esteve nessa lista não aparece)

  8. Aurelio Responder

    Pesquisa….. ? Eles não conhecem o Brasil de fato….. existem lugares piores……..que pena que e fajuta essa pesquisa…..?

  9. PATRICIA CAMARAO SANTOS Responder

    Achei estranho o município de Melgaço não estar nessa lista, e fiquei surpresa ao ver Portel. De qualquer forma acredito que todos os municípios podem buscar sua vocação econômica, com investimento e dedicação do Governo do Estado.

  10. Samuel Custodio de Araújo Responder

    Enquanto a gente continuar votando não mesmas pessoas a região norte nunca vai se desenvolver, vamos continuar sempre na mesmice.

  11. Santos Responder

    Perdemos a chance de livrar-nos das garras dos políticos de Belém em 2012, graças ao povo de lá hoje não temos os Estados de Carajás e Tapajós, infelizmente nossos políticos hoje se aliam com aqueles que só sabem saquear os recursos da nossa região.

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