Em 2021, segundo ano da pandemia de coronavírus e o de maior número de óbitos da história do país, desde que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) implementou a pesquisa de estatísticas de registro civil, em 1974, o Pará fechou no azul, com o registro de 126.836 nascimentos em contraponto a 45.048 óbitos, resultando em 81.788 habitantes adicionados à população. O Pará foi o estado com o segundo maior saldo populacional naquele ano, atrás apenas de São Paulo, com 93.463 habitantes.
As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu, que mergulhou em dados da pesquisa de registro civil que o IBGE divulgou nesta quinta-feira (16) com o balanço consolidado de 2021 levantado junto a cartórios e ao Ministério da Saúde. Estados mais populosos que o Pará — como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Ceará — registraram números do chamado crescimento vegetativo inferior. No Rio, inclusive, houve excesso de mortes, de maneira que o conjunto delas foi superior ao total de nascimentos, gerando decréscimo populacional de 1.017 habitantes.
O fato de ganhar mais habitantes a cada ano não necessariamente significa vantagem para o estado, mas mostra que, por enquanto, o Pará não passará o sufoco — hoje sentido em nações ricas — de ver a população diminuir de tamanho, com nascimentos em baixa e mortes dos mais velhos em alta.
No Brasil, por causa da Covid-19, o estado do Rio de Janeiro enfrentou encolhimento populacional em 2021, o que não se via até 2019. A capital do estado foi o município brasileiro que, segundo o IBGE, apresentou baixa populacional mais expressiva naquele ano, com redução de 10.194 habitantes, devido ao total de óbitos (80.328) superar o de nascimentos (70.134). O município de São Paulo, por outro lado, registrou o maior crescimento vegetativo absoluto, com 32.169 habitantes. Apesar disso, foi um dos menores números dos últimos 30 anos na maior cidade do continente.
Municípios do Pará
No Pará, todos os municípios tiveram crescimento vegetativo positivo em 2021. A capital, Belém, lidera o número de incremento de novos habitantes, com 5.467 novos habitantes, e foi a 14ª cidade do Brasil que mais ganhou novos moradores nas estatísticas de registro civil. Na Região Norte, no entanto, a metrópole paraense fica atrás de Manaus (17.610), Boa Vista (5.834) e Macapá (5.672).
Outras cidades destaques no levantamento por crescerem de forma expressiva em um ano turbulento foram Santarém, Ananindeua, Parauapebas, Marabá, todas as quais com mais de 3 mil habitantes de incremento populacional. Confira o ranking das que aumentaram mais e menos a população ao longo de 2021.