Pará tinha 1,5 milhão de habitantes vivendo em favelas em 2022

Em Parauapebas, que contabilizava quase 27 mil moradores espalhados por 21 favelas, comunidade urbana mais populosa tinha aproximadamente 7 mil residentes e menos habitada, pouco mais de 100 pessoas. Saiba quem são elas e confira o ranking completo com todas as favelas da Capital do Minério

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Mais de 1,523 milhão de paraenses viviam em 723 áreas consideradas favelas e comunidades urbanas há dois anos. Essa é a conclusão a que chegou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta sexta-feira (8) dados do Censo 2022 referentes a essas formas de habitação no país. O Blog do Zé Dudu investigou os microdados do censo e constatou que o Pará tinha a 3ª maior população favelada do Brasil, atrás apenas do contingente de São Paulo (3,63 milhões) e Rio de Janeiro (2,142 milhões). É uma realidade chocante e que, mais uma vez, coloca o Pará como um lugar de desordem e carente de uma política efetiva de habitação.

Em número de favelas e comunidades, o Pará era o 4º do ranking, atrás apenas de São Paulo (3.123), Rio de Janeiro (1.724) e Pernambuco (849). Mas era o campeão nacional em tamanho de área ocupada, uma vez que sua população de favelas se espalhava por uma área de 257 quilômetros quadrados, o que daria para lotar seis cidades e meia do tamanho de Parauapebas.

Em termos municipais, havia favelas e comunidades urbanas em 43 cidades paraenses, e na capital, Belém, 214 localidades eram consideradas como tais, a 8ª maior concentração desse tipo de habitação, só atrás dos números de São Paulo (1.359), Rio de Janeiro (813), Fortaleza (503), Recife (295), Salvador (262), Manaus (236) e Belo Horizonte (218). Belém, aliás, era a cidade brasileira com a maior parte da população vivendo em favelas: 745.140 habitantes nessa condição, o equivalente a 55,8% da população recenseada em 2022.

Inclusive, duas das 20 favelas mais populosas do Brasil estão em Belém: a Baixada da Estrada Nova no Jurunas, com 43.105 habitantes, 9ª mais populosa; e a Baixada do Condor, com 31.231 moradores, na 14ª colocação. As favelas mais populosas do país são a Rocinha, no Rio de Janeiro, com 72.021 habitantes; Sol Nascente, em Brasília, com 70.908; e Paraisópolis, em São Paulo, com 58.527.

Ao lado de Belém, Ananindeua, com 124 favelas e assemelhados, ocupava a 16ª colocação, com mais comunidades desse gênero — mais até que, por exemplo, São Luís (100), metrópole com mais de 1 milhão de habitantes, ou Goiânia (55), metrópole com cerca de 1,5 milhão de habitantes. Marituba com 48 favelas, Santarém com 39 e Benevides com 27 fecham o top das 5 cidades paraenses com maiores processos de favelização.

Marabá e Parauapebas

As duas mais agitadas cidades do sudeste do Pará, Parauapebas e Marabá, tinham em 2022 um total de 21 favelas cada uma. Na Capital do Minério, eram 26.802 habitantes considerados moradores de comunidades urbanas, enquanto em Marabá esse total era mais que o dobro, 64.902. Além de Belém, somente Ananindeua (288.081), Santarém (88.479) e Marituba (65.600) tinham mais moradores que Marabá e Parauapebas nessa situação.

Chama atenção o fato de que, em Parauapebas, bairros inteiros eram considerados favelas na ocasião do censo 2022. Isso ocorre porque esses lugares emergiram como grandes ocupações irregulares e desordenadas e eram, sobretudo, desprovidos de regularização fundiária. Com isso, pedaços de bairros ou até mesmo bairros inteiros passaram a ser considerados favelas ou assemelhados.

É o caso do Bairro Jardim América 2, onde moram 6.869 pessoas. Ele é uma espécie de “puxadinho” — que ficou maior — do Bairro Jardim América, onde também 4.102 cidadãos são considerados habitantes de favelas. Em 3º lugar, está o Bairro Nova Vida, com 2.547 moradores nessas condições.

As localidades parauapebenses com menos habitantes em favelas são o Bairro dos Minérios, onde ainda assim 126 moradores vivem em espaços do tipo, e a área chamada de Baixão do Caetanópolis, com 140 moradores. Confira o ranking populacional de todas as 21 comunidades que, em 2022, o IBGE considerou como favelas em Parauapebas e que o Blog do Zé Dudu levantou com exclusividade!

3 comentários em “Pará tinha 1,5 milhão de habitantes vivendo em favelas em 2022

  1. Rogerio Costa Viana Responder

    o loirin e sua herança maldita deixando o peba como num cenario de guerra , com destroços e vítimas por todos os lados , alem de 27 mil favelados e outras dezenas de milhares de miseráveis que cairam no conto da medusa em 2016 …

  2. Savio Responder

    Legado do Darci e do Cleverland, dois charlatões pilantras que usaram um tal Prosap pra quebrar o município.

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