Parauapebas completa neste 10 de maio seu 27º aniversário de emancipação política. É hoje uma cidade diferente daquela que se desmembrou do município de Marabá a duras penas e graças a luta de alguns companheiros, que descrentes com a falta zelo com que o distrito era tratado, à época, encamparam a luta pela emancipação.

Em 1991, quando o IBGE realizou o primeiro Censo Populacional em Parauapebas, o município contava com pouco mais de 39 mil habitantes. Passados 27 anos, estimativas do mesmo IBGE apontam para uma população próxima dos 190 mil habitantes.

Todo esse crescimento populacional trouxe vários problemas para Parauapebas. Nossos gestores (Faisal Salmen, Chico das Cortinas, Bel Mesquita, Darci Lermen e Valmir Mariano). sem querer aqui culpar ninguém, não se atentaram que Parauapebas se tornaria, em pouco tempo, o maior município minerador do Brasil e que com esse título viriam tantos problemas.

A cidade cresceu desordenadamente. Loteamentos foram criados sem que o poder público cobrasse dos proprietários qualidade dos serviços oferecidos. Não houve a preocupação de se criar no município outras matrizes econômicas senão a da extração mineral. Não houve a preocupação de trazer para cá escolas profissionalizantes e faculdades, que certamente faria com que a população pensasse o município de forma diferente.

Para quem, como eu, chegou aqui há 31 anos, pode-se dizer que Parauapebas está uma beleza. As cinco ruas do bairro Rio Verde que à época existiam, se tornaram 59 bairros. Claro, poderia estar mais bela, com saneamento básico em todos os bairros, com uma estrutura de trânsito melhor, com maiores pontos de trabalho e emprego, mais segurança… etc.

Politicamente o parauapebense é participativo e dinâmico. A jovem população eleitoral, formada hoje por 138.399 eleitores (abril de 2015, segundo o TSE), vem tornando o ato eleitoral uma verdadeira guerra de opiniões.  Isso vai poder ser visto no ano que vem, quando Parauapebas escolherá seu sexto gestor.

Parabéns, Parauapebas pelos seus 27 anos. Espero que você melhore cada dia mais e que nossos munícipes e políticos se conscientizem que Parauapebas é apenas uma jovem, e como tal deve ser tratada. Assim como um jovem filho, que ensinamos a falar, a comer, a andar, que educamos e buscamos um futuro melhor, assim devemos tratar Parauapebas. Quem sabe, se assim o fizermos, teremos muito mais a comemorar nos próximos anos.

Não pensem que o futuro de Parauapebas depende só dos gestores. O futuro depende de cada um de nós! Vamos tratá-la melhor. Vamos ser mais bairristas. Vamos defendê-la daqueles que só querem sugá-la!