Fortes emoções devem agitar os ânimos no cenário político da capital do minério neste final de semana. Até domingo (4), é previsto que os quase 163 mil eleitores de Parauapebas comecem a vislumbrar números das primeiras pesquisas oficialmente registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após as convenções partidárias e a liberação das campanhas.
A primeira pesquisa, que já está em andamento, é de responsabilidade do Instituto Skala e foi registrada no sábado (26), sob protocolo PA-04585/2020. No valor de R$ 8 mil, ela está ouvindo 808 eleitores em Parauapebas e mede a temperatura em torno dos nomes dos candidatos Darci Lermen, Dr. Rubens, Falcão, Gilberto Sá, Hipólito H2, Júlio César, Léo da Cervebrás, Marcelo Catalão e Valmir Mariano.
Nessa mesma pesquisa, o Instituto Skala – que se intitula o próprio contratante — também está checando a aprovação dos governos de Helder Barbalho e Jair Bolsonaro, bem como avalia a administração do atual prefeito Darci Lermen, que é candidato à reeleição. Numa pergunta, o Skala questiona ao eleitor se ele acha a administração local ótima, boa, regular, ruim ou péssima; noutra, pergunta se o eleitor a aprova ou reprova. Também há especulação sobre a rejeição aos nomes dos prefeitáveis. O resultado está previsto para sexta-feira (2).
Já a sondagem do Ibope, registrada ontem (28) pelo número PA-05409/2020 e ao custo de R$ 40.600, foi contratada por um jornal local para ouvir 406 pessoas. O Ibope sondará os mesmos nomes na pesquisa estimulada (Darci Lermen, Dr. Rubens, Falcão, Gilberto Sá, Hipólito H2, Júlio César, Léo da Cervebrás, Marcelo Catalão e Valmir Mariano) em seu extenso questionário de dez páginas, no qual também avalia a administração de Darci Lermen, inclusive com pergunta sobre a área em que “a população de Parauapebas está enfrentando os maiores problemas”.
A pesquisa do Ibope, devido à fama do instituto em todo o país e em razão de seu acerto na maioria dos placares eleitorais, deve repercutir bastante. Seu resultado é aguardado para o próximo domingo. Vale ressaltar que a Justiça Eleitoral não realiza qualquer controle prévio sobre o resultado das pesquisas, tampouco gerencia ou cuida de sua divulgação, atuando conforme provocada por meio de representação.
Os candidatos, partidos políticos, coligações e o Ministério Público Eleitoral poderão, mediante requerimento à Justiça Eleitoral, ter acesso ao sistema interno de controle, à verificação e à fiscalização de coleta de dados das entidades e das empresas que divulgarem pesquisas de opinião relativas aos candidatos e às eleições.
Pesquisas fakes
Em Parauapebas, devido à animosidade entre alguns grupos políticos, muitas pesquisas falsas ou mesmo as registradas, mas com os resultados originais adulterados, têm circulado em grupos de WhatsApp. A Justiça Eleitoral, contudo, alerta: a divulgação de pesquisa sem registro sujeita os responsáveis a multa que vai de R$ 53 mil a R$ 106 mil. A prática é crime, punível com detenção de seis meses a um ano.
As “formiguinhas” multiplicadoras de pesquisa não registrada ou em desacordo com as determinações legais, inclusive o veículo de comunicação, poderão ter de arcar com as consequências da publicação, mesmo que estejam reproduzindo matéria veiculada em outro órgão de imprensa.