A administração do prefeito Darci Lermen vai pagar até R$ 3,32 milhões à empresa de engenheira que der conta de fiscalizar integralmente as obras de infraestrutura do Programa de Saneamento Ambiental de Parauapebas (Prosap). Para isso, a interessada deve, até o dia 19 de março, entregar propostas de preço e técnica para garantir a supervisão dos serviços, que contemplam intervenções no âmbito de macro e microdrenagem, sistema viário, esgotamento sanitário, abastecimento de água, urbanização e de iluminação pública da primeira etapa do Prosap. As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu.
As exigências, no entanto, são grandes. A interessada em pegar o contrato com a Prefeitura de Parauapebas deve, entre outras coisas, apresentar um esboço com equipe técnica composta por pessoal chave e pessoal de apoio. Na equipe chave, o coordenador deve ser engenheiro civil com pelo menos dez anos de experiência em obras de saneamento. Os engenheiros civil e sanitarista que integram a equipe precisam ter ao menos seis anos de experiência no ramo e dominar software de gerenciamento de obra. Nenhum deles deve ganhar salário inferior a R$ 11 mil, conforme as contas feita pela prefeitura para elaborar a planilha de custos para pagar pelos serviços.
A equipe de apoio, que contará com secretário, auxiliar de escritório, técnicos de diversas áreas, desenhista, auxiliares de topografia e topógrafo também deve ser a mais qualificada possível. O topógrafo, por exemplo, deve comprovar experiência de pelo menos dez anos em levantamento planialtimétrico de obras de infraestrutura urbana. O salário para esses cargos varia de R$ 1.100 a R$ 3.800, segundo estimativa da prefeitura.
Cerca de 2 mil postos na primeira etapa
A exigência é grande porque o Prosap é uma ação gigantesca e, segundo a prefeitura, deve mudar para melhor a vida da população de Parauapebas. O governo local defende que o programa caracteriza-se como alternativa para revitalização ambiental de alguns dos principais canais de drenagem que atravessam a cidade e, também, para resolução de problemas recorrentes de inundações em pontos específicos da área urbana. Como parte do Prosap, foi proposto o projeto de saneamento ambiental, macrodrenagem e recuperação do Igarapé Lajeado, especificamente destinado às intervenções na Bacia do Igarapé Lajeado, cujo traçado possui cerca de 12,4 quilômetros em meio a áreas urbanizadas da cidade.
Na frente de trabalho referente apenas à primeira etapa das obras, compreendendo os bairros Novo Tempo, Tropical 1 e 2, Ipiranga, Ipê e Vale do Sol, há previsão de que sejam mobilizados em torno de 2 mil postos de trabalho com carteira assinada na construção civil. O Blog identificou que serão abertas oportunidades para engenheiros civis pleno e júnior, arquiteto júnior, técnico em segurança do trabalho, técnico em meio ambiente, topógrafo, auxiliar de topografia, auxiliar de escritório, encarregado geral, mestre de obras, motorista, vigia e almoxarife. Esses, porém, são apenas alguns dos cargos nominalmente listados. Haverá demanda de dezenas de profissionais de outros segmentos e muito trabalho.