Parauapebas: “Café Cultural” marca celebração dos cinco anos do Centro Mulheres de Barro

A solenidade será nesta sexta-feira (12), com programação pela manhã e tarde, na sede do centro, no Bairro Rio Verde

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Em celebração aos 5 anos do Centro Mulheres de Barro, a  Cooperativa dos Artesãos da Região de Carajás realiza uma vasta programação, nesta sexta-feira (12), que inclui um “Café Cultural”. A programação será pela manhã e a tarde, na sede do centro, na Rua Alameda Castelo Branco, Bairro Rio Verde.

Pela manhã, a programação começa às 8h30, com a apresentação da Escola de Música Municipal Waldemar Henrique. Logo na sequência, às 9h, será servido um farto café da manhã, seguido da apresentação, às 9h30, das Mulheres de Barro, com exibição da trajetória do centro e sensibilização para a preservação patrimonial.

Às 10h será feita a apresentação da “Importância das Parcerias Públicas e Privadas para o Desenvolvimento Cultural do Município” e, encerrando a programação pela manhã, será cantando os parabéns para o Centro. À tarde, a programação começa às 16h, com “Contação de Histórias para Crianças” com a atriz Gil Barros.

Início: O grupo Mulheres de Barro se formou a partir de iniciativas vinculadas aos programas de prospecção e salvamento arqueológico ocorridos na área do Projeto Salobo, localizado em Marabá, no período de 2005 a 2011. Em oficinas de Educação Patrimonial, as mulheres conheceram a história local e tiveram acesso aos ensinamentos da técnica de cerâmica, o que permitiu que criassem peças inspiradas na cultura dos povos nativos dessa região.

Com o Projeto “Implantação do Centro Mulheres de Barro de Exposição e Educação Patrimonial da Serra dos Carajás”, as Mulheres de Barro conseguiram o selo da Lei Rouanet e o patrocínio Vale para construção da tão sonhada sede. É lá onde trabalham todos os dias, ministram oficinas e comercializam as peças produzidas, divulgando a cultura nativa e gerando renda para os associados.

As peças produzidas são inspiradas nos vestígios recuperados em sítios arqueológicos localizados na Serra dos Carajás- Floresta Nacional Tapirapé-Aquiri (Flonata)-, provenientes de povos que habitaram às proximidades do Rio ltacaiúnas e seus afluentes há pelo menos seis mil anos. As peças inspiradas na cultura nativa se tornaram a marca das Mulheres de Barro.

Algumas dessas mulheres já produziam artesanato usando sementes e outras matérias-primas e, nas oficinas de Educação Patrimonial, potencializaram o seu trabalho de artesãs ao aprenderem a lidar com o barro e transformá-lo em cerâmica pela química da queima. Segundo a presidente do Centro Mulheres de Barro, Sandra dos Santos Silva, mais do que aprender a usar técnicas de produção em cerâmica, as Mulheres de Barro, que já intencionavam buscar referências ancestrais que germinassem uma identidade visual para o artesanato local, agregaram mais valor e primor às suas técnicas, sendo hoje uma referência no artesanato da Capital do Minério e da região de Carajás

Ela observa que após o aprimoramento da técnica veio junto o desejo ter uma espaço próprio, onde pudessem produzir cerâmica, ministrar oficinas para multiplicar esse conhecimento, expor e comercializar a produção. Sonho que se tornou realidade com o Projeto “Implantação do Centro Mulheres de Barro de Exposição e Educação Patrimonial da Serra dos Carajás”, com o qual conseguiram o selo da Lei Rouanet e o patrocínio Vale e, finalmente, a construção do Centro Mulheres de Barro.

O Centro foi inaugurado no dia 12 de novembro de 2016 e é administrado pela Cooperativa dos Artesãos da Região de Carajás. Nesses cinco anos, já deu saltos importantes na divulgação do artesanato ceramista local e a ideia é levar e divulgar a arte das Mulheres de Barro para outros cantos do país.

Para divulgar e comercializar suas peças, o Centro tem uma pagina na internet. Os interessados podem conferir e comprar as peças acessando o site www.centromulheresdebarro.com.br.

Tina DeBord

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