Altamente dependente da atividade extrativa mineral e de tudo o que lhe diga respeito, a indústria paraense avançou 6,8% em agosto, o segundo maior crescimento do Brasil. As informações foram divulgadas na manhã desta terça-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional. O Pará também produz alimentos, bebidas, móveis e cosméticos, mas nada se compara à escala industrial tocada pela cadeia mineral.
Os maiores autores do crescimento registrado pela PIM de agosto foram os municípios de Parauapebas e Canaã dos Carajás, em função dos volumes extraídos de minério de ferro em seus territórios. Das minas instaladas na Serra Norte de Carajás, em Parauapebas, saíram 9,44 milhões de toneladas do produto em agosto, enquanto outros 5,67 milhões de toneladas saíram da mina S11D, na Serra Sul, em Canaã.
Em seguida, os municípios de Marabá e Barcarena, que assinam produção de ferro-gusa e alumina, respectivamente, também foram fundamentais para o avanço do Pará nas estatística de produção industrial. Além disso, Marabá contribui amplamente com a produção de minério de cobre, sendo o maior produtor nacional do metal. Todo esse conjunto fez com que a indústria do estado ficasse 12,8% maior em relação a agosto do ano passado.
Diga-se de passagem, a mineração colocou o Pará em 2019 como o maior produtor de recursos naturais do país. O Blog do Zé Dudu levantou junto à Agência Nacional de Mineração (ANM) que a extração de minérios no estado, de janeiro a setembro deste ano, totaliza R$ 47 bilhões, recorde histórico e que também supera em R$ 4 bilhões a atual produção de Minas Gerais, até então considerado o soberano da indústria mineral brasileira.