Depois da notícia equivocada que se espalhou nas redes sociais de que o transporte público municipal seria totalmente paralisado nesta terça-feira (18), a Central das Cooperativas de Van emitiu um comunicado negando a informação.
“Não sei de onde tiraram essa informação leviana, nós temos respeito à população, não vamos paralisar. O que faremos é uma manifestação amanhã, durante a sessão dos vereadores para pedir apoio na fiscalização dos táxi-lotação, que só vem crescendo no município”, afirmou Jovelino Mendes do Amaral, presidente da Central.
A entidade afirma já ter enviado diversos ofício para a Prefeitura cobrando mais efetividade no processo de fiscalização dos transportes não regularizados. “Temos cobrado para que haja mais fiscalização, mas a gente não vê isso acontecendo. O táxi-lotação não é regulamentado por lei e não tem compromisso com a sociedade”, destacou o presidente da Central.
Muitos usuários reclamam da demora e da superlotação dos micro-ônibus da Central que rodam na cidade em alguns horários de pico. “Eu já vi gente se machucar porque, por falta de espaço, fica nos degraus da escada na porta de saída. É muita gente para pouca ônibus, principalmente no início da noite”, afirmou a adolescente Samara Ferreira, que usa o transporte público todos os dias para se deslocar do seu bairro, no Complexo Altamira, até sua escola, que fica no Cidade-Nova.
“Eu prefiro pegar táxi-lotação, mesmo achando às vezes perigoso, pois tem uns carros muito velhos. Mas pelo menos eles passam rápido e a gente chega logo ao nosso destino”, disse a aposentada Rosa Maria Carvalho, que tem passe livre mas prefere pagar essa modalidade de transporte em muitas ocasiões.
“Temos 80 cooperados em Parauapebas, todos trabalhadores. Temos o controle, nossa cooperativa é legalizada pelo município, pagamos alvará, não temos autorização para rodar, mas já estamos encaminhados no processo de legalização. Falta só a boa vontade do poder público. Fico até triste quando eu vejo categorias que lutaram também por legalizar e hoje são contra a gente”, relatou Adailton Nava, mais conhecido como Marabá, que é um dos representantes da cooperativa de táxi-lotação do município.
“Com o antigo prefeito não tivemos um bom diálogo. Com o prefeito atual tivemos um contato antes da política e agora apresentamos o nosso projeto, totalmente respaldado, mas o governo não manifestou nada ainda a favor da nossa legalização. Sobre a fiscalização, o governo está fazendo sim, temos pais de famílias que estão com o carro preso, com multa de R$ 2.790,00. Tem pai de família do nosso grupo que só não tá passando fome porque um ajuda ao outro”, destacou Marabá.
De acordo com a Assessoria de Comunicação do governo, a ideia é reunir todos os envolvidos no transporte público municipal para a partir de então tomar uma decisão sobre a legalização ou não do táxi-lotação.