Parauapebas chega ao menor índice de analfabetismo da história

Taxa é inferior à de municípios como Castanhal, Araguaína e Imperatriz e caiu à metade em uma década, mesmo diante do crescimento populacional acelerado. Índices de evasão escolar também foram reduzidos significativamente na rede municipal, aponta Ministério da Educação

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O município de Parauapebas tem, na área da educação, um excelente motivo para comemorar: apesar do crescimento demográfico acelerado, a Capital do Minério conseguiu reduziu o índice de analfabetismo à metade nos últimos dois anos. As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu a partir de dados consolidados mensalmente da população eleitora maior de 16 anos, utilizando-se os mesmos parâmetros de cálculo da taxa de analfabetismo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em janeiro deste ano, a taxa de analfabetismo no município chegou a 2,08%, o menor índice da história. Além do número baixo recorde, a taxa caiu à metade em relação a janeiro de 2013, quando estava na casa de 4,47%. Desde que assumiu a Secretaria Municipal de Educação (Semed), o professor José Leal Nunes implementou ações que, no conjunto, fizeram a taxa baixar 0,32 ponto percentual, o que é significativo para apenas dois anos de gestão, levando-se em consideração um universo de quase 167 mil pessoas nominalmente identificadas nos cadastros administrativos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O desempenho de Parauapebas no quesito analfabetismo é um dos melhores do Pará, ao lado de Belém (0,66%) e Ananindeua (0,71%), e supera a performance de Castanhal (2,18%) e Canaã dos Carajás (2,51%). A Capital do Minério ostenta o melhor índice no sudeste do Pará, batendo Marabá (4,45%) e até municípios de estados vizinhos benquistos e famosos pela tradição em educação, como Araguaína-TO (2,81%) e Imperatriz-MA (2,6%). No Pará, a média de analfabetismo é 4,07%, e no Brasil, 2,87%.

Os dados mostram ainda que o número de cidadãos analfabetos em Parauapebas caiu de 5.079 para 3.810 em uma década. Nesse período, a rede municipal de ensino ampliou a oferta de educação de jovens e adultos, por meio da implantação do Centro de Ensino Personalizado para Jovens e Adultos (Cepeja), que atualmente possui três unidades em funcionamento espalhadas pela cidade.

Ampliação de vagas

Na gestão de José Leal, as ações foram intensificadas e abertas mais vagas para alcançar o máximo possível de cidadãos que, por algum motivo, quando jovens, não tiveram oportunidade de estudar e sair das estatísticas que envergonham a tantos. “Encerramos o ano passado com atendimento a mais de 1.200 alunos em nossos centros de ensino dedicados a jovens e adultos”, destaca o secretário de Educação.

Pelos censos demográficos do IBGE, 26,7% da população maior de 15 anos de Parauapebas era analfabeta em 1991. A taxa baixou a 15,2% em 2000 e, de novo, regrediu a 7,6% em 2010. Em pouco mais de três décadas, a redução do índice foi de elogiáveis 92%, o que iguala a Capital do Minério ao desempenho de municípios socialmente desenvolvidos das regiões Sul e Sudeste do Brasil, onde as taxas de analfabetismo são tradicionalmente baixas e a escolaridade da população é elevada.

“Estamos investindo também na base, em nossos alunos do ensino fundamental”, destaca o secretário, explicando que, atualmente, a rede pública municipal está com mais de 1.500 vagas disponíveis, principalmente nas unidades localizadas em bairros centrais, e, ao mesmo tempo, a Semed está readequando espaços em escolas nos bairros mais novos e com enorme pressão sobre a rede. Com a população se espalhando mais por bairros em expansão, as escolas de bairros centrais estão sendo cada vez menos demandadas.

Dados do censo escolar mostram que o número de alunos cresceu tanto nos últimos dez anos que a infraestrutura da rede não deu conta de acompanhar. O número de alunos disparou 35%, chegando a 48 mil em 2022, enquanto o número de salas de aula cresceu 24%. No período, segundo o Ministério da Saúde, Parauapebas viveu uma explosão com 55 mil nascimentos — crianças que, três anos mais tarde, viriam a demandar creches e, daí por diante, escolas de educação infantil e de ensino fundamental.

Melhora em indicadores

Muito embora Parauapebas seja um município com população em constante mobilidade, ele tem, de acordo com o Ministério da Educação, alguns dos menores índices oficiais de abandono na educação. Nos anos iniciais do ensino fundamental, a taxa atual é de 0,5% contra 2,6% dez anos atrás; e nos anos finais do fundamental, a taxa atual é de 1,4% contra 4% no comparativo decenal.

Há uma década, cerca de 950 alunos abandonavam o ensino fundamental na rede pública municipal por ano. Atualmente, não chega a 350, e os esforços se voltam para zerar o dado. Como efeito, as taxas de distorção idade-série caíram ao melhor patamar da história nos cinco primeiros anos do ensino fundamental.

“Temos dificuldades? Sim, temos. E muitas. Temos acolhido denúncias relacionadas à falta de vagas, particularmente nos bairros com expansão populacional recente. Mas temos tratado essas denúncias com rigor, administrativamente, para evitar a normalização disso”, esclarece o secretário, adicionando que trabalha para entregar o melhor resultado institucional, uma vez que o prefeito Darci Lermen tem adoração pela educação e busca oferecer o melhor e mais qualificado serviço à sociedade.

“A gente tem enfrentado as dificuldades com entusiasmo. Elas nos servem de aprendizado, uma espécie de gás que contribui para otimizarmos nossas ações. Criança fora da escola não pode, esse é o nosso lema”, ressalta o titular da Semed, elogiando sua equipe de trabalho e enaltecendo a parceria que tem na Câmara com a vereadora Eliene Soares, parlamentar apaixonada pela educação, da qual é a maior defensora no parlamento por ser, também, professora concursada do município.

“Seguimos firmes e entusiasmados para enfrentar os desafios que a nossa rede impõe dia a dia e acreditamos que mais frutos bons colheremos no futuro, especialmente no que concerne à melhoria do aprendizado e do ensino”, finaliza o secretário.

9 comentários em “Parauapebas chega ao menor índice de analfabetismo da história

  1. Patrícia Paty Responder

    Zé Dudu tem que passar na escola do bairro Cidade Jardim.
    Tem uma escola que só intervenção federal para dar jeito.
    Não quero nem falar o o nome desta escola, mas alguns conhecem por TJ

  2. PROFESSOR DA REDE Responder

    ELE SO TEM Q TROCAR AQUELA ASSESSORA INTROMETIDA E MAL EDUCADA Q ATRAPALHA DEMAIS AS PESSOAS CHEGAR ATE ELE……. NEM O DARCI FICOU TAO DIFICIL…… ABRE TEU OLHO LEAL!!!!!!! MANDA QUEM POUCO AJUDA MUITO ATRAPALHA PRA LONGE…… TEM GENTE Q A PRESENCA QUEIMA SUA IMAGEM E SEU TRABALHO!!!!!!!

  3. Maria Responder

    meu filho e autista e fui atras de vaga na creche pastor jonas e mandaram aguardar. absurdo e descaso. tive que acionar o conselho tutelar.

  4. Luiz Henrique Leal Leliard Responder

    Será que os alunos sabem mesmo, ou só passam de ano fazendo trabalhos escolares para poderem passar. A quantidade de alunos na escola, não eliminam o saber.

  5. Rogerio Responder

    O Leal é uma pessoa exemplar . Não deixou o poder subir na cabeça desde de quando trabalhava no Gean . Diferente das raposas que cercam ele, como acessora .

    • Anonimo Responder

      o secretario e bacana ,, que mata mesmo e aquela acessora dele , a Elizaine , que se mete em td , atrapalha demais , e tira autonomia ..

      • Celia Silva Responder

        É incrível como ninguém gosta dela, todo mundo reclama e fala mal ( trata as pessoas mal ) mas falam que ela só faz o que a vereadora Eliane ordena, ou seja a vereadora Eliane é a grande culpada do desmando…..

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