Com a chegada do período chuvoso, no chamado inverno Amazônico, a Coordenadoria de Defesa Civil de Parauapebas (Comdec) já montou logística para atender ocorrências comuns nessa época, como alagamentos provocados pelas chuvas fortes e enchente do Rio Parauapebas, que banha a cidade. Em coletiva de imprensa realizada ontem (23), o coordenador da Condec, Jailson Sousa, e sua equipe repassaram algumas ações já planejadas para atender as ocorrências.
O coordenador adjunto, Erick Nascimento, mostrou as áreas que foram mapeadas e que são consideradas de risco na cidade. Ao todo, 91 áreas foram classificadas como de risco, sendo que 73 apresentam maior grau de desastre e, por isso, recebe maior atenção das equipes de Defesa Civil.
Ele também adiantou que 899 pessoas que residem nessas áreas já estão cadastradas e outras, que precisarem, serão incluídas para receber atendimentos do município, caso ocorra a necessidade, como terem que deixar suas casas. Desde que começou o período de chuva, a Comdec montou plantão para atender ocorrências.
De acordo com o coordenador adjunto, foi traçado um plano de ação subdivido por equipes e setores, para melhorar a logística de atendimento. A pesar do esforço, ele admite que ainda há falhas, mas que aos poucos serão corrigidas, objetivando dar uma resposta rápida e satisfatória às ocorrências que chegam à Comdec, principalmente quando ocorre chuvas mais fortes, que provocam inundações de ruas e residências.
Erick observa que, com a conclusão das obras do Prosap, os problemas de inundações devem reduzir, porque atualmente a drenagem pluvial é insuficiente em algumas vias. Ele alerta que moradores do entorno e trabalhadores do Mercado Municipal do Rio Verde, assim como de área suscetível à inundação, como a chamada Baixada Fluminense, devem ter cuidados redobrados nesse período.
Eliane Andrade, que integra a equipe da comdec, adiantou que no próximo ano estão previstos três projetos, que devem também melhorar as ações preventivas. Um deles é o Plano de Contingência, que será apresentado no início de 2021.
Ela pontua ainda que a Defesa Civil irá atuar nas escolas, principalmente as localizadas em áreas de risco, com trabalho de orientação, visando estimular nos jovens ações de cuidados ambientais. Esse trabalho também deve ser estendido às comunidades impactadas por alagamentos e deslizamentos.
Durante a coletiva, a Condec também mostrou as previsões pluviométricas para Parauapebas. Agora em novembro a média prevista é de 250 a 300 milímetros de chuva.
Para dezembro, esse volume deve ser maior, em uma médica estimada de 300 a 350 milímetros. Em janeiro de 2021, o estimado é uma precipitação de 400 a 500 mm, sendo o mês com maior índice pluviométrico previsto.
Por conta desse cenário, as atenções estão redobradas para as áreas de morro da cidade, por conta do risco de deslizamento de terra. Parauapebas tem várias áreas de morro ocupadas e com residências próximas as suas bases.
Com a chuva constante, o terreno fica encharcado, facilitando a ocorrência de deslizamentos. Por isso, a Condec alerta que, a qualquer ameaça, os moradores devem acionar o órgão e também sair de casa o mais rápido possível.
Para acionar a Defesa Civil, o cidadão pode ligar para os números: 3356-2597 ou 199 e WhatsApp: 99290-5969.
(Tina Santos)
