Desenvolver políticas públicas para que Parauapebas seja reconhecida nacionalmente não apenas como a capital do minério, mas como um município turístico, com vocação para o ecoturismo também chamado de turismo de natureza. Esta é a grande meta da nova secretária municipal de Turismo, Francisângela Vicente Ferreira de Resende, que traz na bagagem uma vasta experiência nas áreas de educação e de assistência social.
Nascida na cidade mineira de Sete Lagoas em 04 de março de 1962, Francisângela Resende é pioneira de Parauapebas, cidade que adotou há 38 anos e pela qual sempre trabalhou para a tão almejada prosperidade do lugar que passou a chamar de seu. Uma trajetória vivida e acompanhada pelo marido e os dois filhos, que deram a ela quatro netos.
Licenciada em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Sete Lagoas, com especialização em Língua Portuguesa e Língua Inglesa, Francisângela Resende começou seu trabalho profissional em Parauapebas, em 1988, como diretora de escolas municipais e estaduais.
Num primeiro momento, foram 11 anos se dedicando à educação de crianças, jovens e adolescentes. Deu uma pausa no ensino para ser diretora técnica na Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), o que durou apenas dois anos porque em 1999 ela foi convidada para ser secretária municipal de Educação de Parauapebas, cargo que exerceu até 2004.
Com a caminhada bem sucedida, Francisângela Resende precisou apenas de mais um passo para ser eleita vereadora, conquistando dois mandatos. Depois disso, voltou a ser professora desta vez para jovens e adultos do Cepeja. E agora, no governo de Aurélio Goiano (Avante), ela sabe que voltará a enfrentar grandes desafios a começar pela própria situação de abandono em que foi largada Parauapebas.
E Francisângela Resende conta que foi “com muita alegria e otimismo” que recebeu o convite de Aurélio Goiano para comandar a Semtur por estar “certa de que temos condições de contribuir para que o turismo em Parauapebas possa se desenvolver como uma matriz econômica forte”.
Mas como fazer isso em meio a uma população nascida e criada em meio à tanta riqueza mineral e que não consegue enxergar a riqueza ambiental de Parauapebas e região? Eis aí a grande dificuldade a ser vencida pela nova equipe da Semtur, aponta a nova titular da Semtur.
“Pretendemos trabalhar na democratização do acesso dos munícipes aos atrativos existentes. Consideramos um grande desafio levar a população ao entendimento que somos um município turístico e que, portanto, devemos ter o comportamento típico de um morador de um município turístico, ou seja, precisamos conhecer e valorizar e nos sentir pertencentes, para atrairmos visitantes”, diz Francisângela Resende, para ressaltar que o governo Aurélio Goiano “tem muitos planos para o desenvolvimento do turismo na cidade e região”.
De mangas arregaçadas
Criada em dezembro de 2020, a Semtur estabeleceu quatro rotas turísticas em Parauapebas – dos Búfalos, das Águas, Indígena e Carajás -, mas cuja visitação ainda é tímida. Francisângela Resende afirma que a sua equipe já começou a trabalhar pela aprimoração dessas rotas. E mais: “Já está em nosso radar a criação das rotas do cacau, mel e pesca esportiva”, antecipa a secretária.
Contudo, não são apenas os atrativos naturais de Parauapebas e região que estão no centro das atenções da Semtur. Está nos planos da secretaria buscar investidores que acreditam em atrativos turísticos, como parques temáticos. Mas para que o turismo avance em Parauapebas, atesta Francisângela Resende, é preciso uma conjunção de forças entre as secretarias municipais afins e parcerias com instituições ambientais, como o Instituto Chico Mendes de Conservação à Biodiversidade (ICMBio).
Além disso, arremata a secretária, a Semtur também vai buscar apoio do Ministério do Turismo, Embratur e Secretaria de Estado de Turismo (Setur) para o desenvolvimento das políticas públicas que possam consolidar o turismo em Parauapebas e o fortalecimento da economia do município.
Texto: Hanny Amoras (Jornalista Profissional – MTb 1.294)