Parauapebas: conheça quem são os secretários de Aurélio Goiano

Wallas Marques projeta elevar Semmect à condição de estratégica para Parauapebas

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Com dez anos de experiência profissional em mineração, meio ambiente e planejamento, o novo titular da Secretaria Municipal de Mineração, Energia, Ciência e Tecnologia de Parauapebas (Semmect), Wallas Marques, saiu da iniciativa privada para ocupar, pela primeira vez, uma cadeira no poder público. Ele assume a liderança de uma pasta responsável por quatro áreas desenvolvimentistas, mas que se manteve praticamente no anonimato em meio às demais secretarias parauapebenses, apesar de sua relevância técnica.

Nascido em Tocantinópolis (TO), Marques completa 34 anos no final deste mês. Disposição para trabalhar não lhe falta, e muito menos determinação em colocar a Semmect em seu devido lugar como estratégica para o presente e futuro de Parauapebas. Para isso, ele planeja uma gestão participativa, com ações conjuntas com empresas, secretarias, cooperativas, organizações sociais e com a própria comunidade.

O novo secretário fala com propriedade: ele é engenheiro de Minas formado pelo Centro Universitário Luterano de Palmas (Ceulp/Ulbra), com pós-graduação em Geologia pela Faculdade Prominas, mestrado em Engenharia Mineral pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e MBA Executivo em Segurança no Trabalho e Meio Ambiente pela Universidade Cândido Mendes.

“Primeiramente, a nossa missão é promover Parauapebas como uma cidade que é berço da mineração paraense, e que hoje é uma das maiores minas não só do Brasil, mas do mundo,” pontua, explicando que fará isso “demonstrando nossos potenciais geológicos, ambientais, logísticos entre outros aspectos para que nós possamos conseguir atrair investimentos de fora”.

Mas, para que investidores se interessem por Parauapebas, aponta Wallas Marques, é preciso organizar o município em todos os seus aspectos, cuidando da infraestrutura de rodovias, estradas, ferrovias e aeroportos e garantindo serviços públicos de qualidade, como segurança, saúde, urbanismo e educação.

“Quando a gente fala de educação, não é somente de mão de obra graduada, mas de mão de obra qualificada – porque tem uma diferença muito grande entre esses aspectos. Nós queremos contar com uma participação ativa das mineradoras locais para que isso [a Educação] possa ser desenvolvido, porque Parauapebas precisa deixar um legado para o futuro,” diz o titular da Semmect. “A gestão política em si tem um prazo de vida, mas os legados transcendem gerações”.

Diálogo e transparência

Algo que incomoda Wallas Marques é a aparente falta de transparência no recolhimento e uso dos recursos da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem) recebida por Parauapebas e jamais detalhada no Portal da Transparência da prefeitura. “Como é feita a arrecadação da Cfem? Como é distribuída? Precisamos entender melhor para que a gente possa transparecer isso para a população”, diz o secretário.

Com a transparência, acrescenta, será possível saber, por exemplo, onde a Compensação poderá ser aplicada em benefício da população e se poderá haver pagamento em situações além do impacto ambiental imediato de exploração mineral, em projetos aprovados pelos órgãos ambientais. 

“Nos licenciamentos, por exemplo, a Cfem é caracterizada por um impacto ambiental, mas impacto ambiental positivo agora. E, para os posteriormente causados além desse impacto ambiental, existe alguma proposta de compensação? São questões que a gente vai sentar juntamente com as mineradoras para entendermos qual projeto delas para Parauapebas para que possamos trabalhar em parceria,” adianta Wallas Marques.

No campo da mineração, ressalta o novo titular da Semmect, também é necessário diálogo permanente com as empresas, organizações e comunidade porque “todo o projeto de mineração é responsivo, ou seja, você tem responsabilidade ambiental, você tem responsabilidade social e também com as comunidades”. Ele defende, portanto, que é preciso “ter responsabilidade naquilo que você está impactando”. 

É nessa situação que se encontra o que Wallas Marques considera, possivelmente, seu maior desafio: identificar um “denominador comum” entre o poder público e a iniciativa privada, para que a maior beneficiária seja a população.

“Hoje em dia, a principal dificuldade – eu não falo de uma prefeitura e sim do ser humano – é a comunicação,” resume. “A gente precisa ter uma comunicação clara em relação ao que vai ser feito, em relação a essa transição e, posteriormente, levar transparência para a nossa população”.

Mãos à obra

Entre março e outubro de 2025, Marques já prepara quatro eventos públicos para debater cada área temática da Semmect, com ampla participação social. “Eu quero um assunto que seja discutido com o povo, e preciso que esse assunto seja nítido e transparente para que a população entenda, saiba que a gestão está trabalhando para o bem-estar dessa população,” frisa o gestor.

Para o secretário, é preciso mostrar à população que Parauapebas não é rica apenas em minérios. “Em área de energia, Parauapebas possui um potencial gigantesco. Para as áreas de ciência e tecnologia, mais ainda,” afirma ele, acrescentando que, ao final de cada evento, serão apresentadas soluções e propostas de políticas públicas que podem ser adotadas pela prefeitura. 

(Texto: Hanny Amoras)

1 comentário em “Parauapebas: conheça quem são os secretários de Aurélio Goiano

  1. Mozar Antônio de Souza Responder

    Parabéns Wallas
    Se todos os gestores iniciassem suas atuações com exposição do norte pretendido a seguir, a população e seus colaboradores também já iniciariam conscientes de como melhor contribuir nessa empreitada árdua em prol do nosso município.

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