Diretores técnicos da Universidade do Estado do Pará (UEPA) estão nesta quarta-feira (16), em Parauapebas, onde fazem visita para conhecer a estrutura para a instalação do Campus da instituição de ensino superior na cidade. A universidade vai ofertar cursos de graduação e pós-graduação, como previsão dos processos seletivos serem feitos ainda este ano.
Pela manhã, a comissão, formada por professores de graduação, mestrado e o diretor de extensão e interiorização da universidade, Osvando Alves, acompanhados de uma equipe da Secretaria Municipal de Educação de Parauapebas (Semed), visitou o terreno onde será construído o Campus da universidade, às proximidades do Campus da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), na PA-275, saída para Curionópolis.
Logo depois, a equipe visitou as instalações do Centro Universitário de Parauapebas (CEUP), onde a UEPA vai funcionar provisoriamente, até a conclusão das obras do seu prédio próprio. No local, a equipe se reuniu com a equipe da Semed, para certar detalhes e discutir sobre o andamento das obras e o processo seletivo para os cursos, assim também como ver as adequações que ainda precisam ser feitas, para iniciar as graduações e pós-graduações.
A vinda da universidade para Parauapebas é fruto de um convênio celebrado entre a Prefeitura Municipal e a mineradora Vale, que garante a construção do Campus da UEPA, ofertando de início cursos de graduação como Biologia, Matemática e Engenharia de Software. Também serão ofertadas mais quatro especializações em Gestão Pública, Saúde Coletiva, Psicologia Educacional e Teorias e Metodologias em Educação Básica, além de dois mestrados em Ensino de Matemática e Ciências Ambientais.
A parceria garante ainda que 60% das vagas ofertadas sejam preenchidas por estudantes que tenham concluído o ensino médio em Parauapebas e região. O projeto da UEPA contempla a construção de um bloco com pavimento térreo e superior, com 19 salas de aulas, uma sala de estudos, seis salas de tutorial, três salas de cópias, duas lanchonetes, três laboratório de informática, uma sala multiuso, três laboratórios de Ciências Biológicas, chuveiro de emergência para atender os laboratórios, duas salas de armazenamentos para Ciências Biológicas, sala de esterilização para apoio de laboratório, três laboratório de Enfermagem, uma biblioteca provisória, um deposito de materiais de limpeza, três blocos de banheiros, uma sala de TI, quatro salas de coordenação de cursos, cinco setor administrativo e outros.
A área total é 4.554,57 m². Os recursos orçamentários necessários para a contratação do Campus, no valor estimado de R$ 18.321.480,88, serão custeados pela Vale. Enquanto o prédio não fica pronto, a universidade vai usar as instalações do CEUP, que passou por reforma para essa finalidade.
Segundo Tânia Brunele, coordenadora do Centro Universitário de Parauapebas, o bloco que será usado já foi reformado e outras áreas e, agora, após a visita, serão feitas as adequações apontadas pela equipe técnica da universidade, como nos laboratórios de informática, física, biologia e química. “Conforme as necessidades, serão realizadas as adequações ou reformas”, ressalta Tânia.
De acordo com Antonino Brito, secretário adjunto da Semed, tudo está providenciado para a instalação da universidade no município, que ele diz ser um sonho antigo da comunidade. Ele destaca que os três cursos de graduação, que estão sendo ofertados inicialmente, já trarão um reforço enorme na qualificação de nível superior em Parauapebas, assim como as pós-graduações e mestrados. “Há mais de 10 anos que Parauapebas discute a vinda da UEPA e, hoje, é um dia muito importante, porque estamos aqui, com o corpo técnico da universidade, acertando os últimos detalhes para a sua instalação definitiva no município”, comemora Brito.
Quanto à construção do prédio do Campus, ele observa que o processo foi retomado, após uma paralisação por conta da pandemia do novo coronavírus, e já está em fase final a conclusão do edital de licitação para iniciar as obras, que tem uma previsão de ser concluída em 18 meses. Sobre o início das obras, ele diz que ainda não há um prazo, mas ressalta que deve ser breve.
O diretor de Extensão e Interiorização da UEPA, avalia que após essa visita feita hoje, serão apenas acertados detalhes para a instalação da universidade. Ele adianta que o edital para o processo seletivo de pós-graduação já será lançado agora no final de setembro e o edital para as graduações será lançado no dia 10 de novembro.
Osvando Alves observa que a seleção para mestrados será mais simples, porque é o mesmo formato que vem sendo usado pela universidade. O mestrado em Matemática será ofertado apenas para professores da área da rede pública do município e o mestrado Acadêmico em Ciências Ambientais será aberto à sociedade, mas haverá uma um percentual para servidores municipais que atuam na área ambiental.
Já o processo seletivo para graduação, Osvando pontua que ainda não está definido, mas deve ser por vestibular. Ele explica que a universidade já alguns anos adotou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para seleção dos candidatos. No entanto, por conta da pandemia, o Enem está atrasado, com previsão de ser realizado só no mês de maio do ano que vem.
Por isso, argumenta o diretor, deve ser pensada uma forma alternativa para Parauapebas, que provavelmente será o vestibular. Ele acrescenta que até o final do ano os alunos já devem estar selecionados e a previsão, se não houver mais nenhum um imprevisto, é que o ano letivo inicie na capital do minério no final de fevereiro ou início de março, com aulas já presenciais.
Sobre a estrutura do CEUP, Osvando afirmou que estão boas e serão só feitas algumas adequações e aquisição de equipamentos para os laboratórios da área ambiental e matemática, assim como acervos para os cursos de graduação. “Tivemos uma paralisação devido à pandemia, mas estamos trabalhando, para começarmos as aulas no ano que vem”, assegura o diretor.
Além de Osvando Alves, o corpo técnico que está em Parauapebas é composto por Fabio Alves (coordenador do mestrado profissional em Matemática), Fabrício Costa (chefe do departamento de Matemática), Norma Beltrão (docente do mestrado em Ciências Ambientais), Ana Gutjahr (vice-coordenadora do mestrado em Ciências Ambientais) e Flávia Lucas (professora de mestrado em Ciências Ambientais).
(Tina Santos)