Com 831,69 milhões de dólares transacionados em agosto, Parauapebas só perdeu para o município do Rio de Janeiro (854,99 milhões) em exportações. É o que acaba de divulgar nesta terça-feira (3) o Ministério da Economia, por meio de dados da balança comercial de agosto. As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu, que também observou o município de Canaã dos Carajás na quinta colocação entre mais de 2.000 localidades exportadoras. Canaã transacionou 515,5 milhões de dólares em commodities.
O que Parauapebas e Canaã têm em comum é a produção de minério de ferro, que vai muito bem, obrigado, embalada no incessante consumo chinês e em seu apetite para produto com alto teor de pureza, que só a commodity paraense — das minas das serras Norte, Sul e Leste de Carajás — sabe ter.
Detalhadamente, a Serra Norte de Carajás, que fica em Parauapebas, produziu 9,44 milhões de toneladas de minério de ferro em agosto, enquanto a Serra Sul, posicionada no território de Canaã, entregou 5,67 milhões de toneladas da preciosa commodity. Os números do Ministério da Economia divergem ligeiramente dos apresentados pela mineradora Vale em seus balanços, mas a diferença não é muito grande e se deve a diferentes técnicas metodológicas de apuração da produção física.
O Blog do Zé Dudu levantou que esse foi o melhor agosto das exportações de Parauapebas desde 2011, ano em que o município viveu o auge do boom do minério, tendo exportado 1,408 bilhão de dólares, segundo o Ministério da Economia. Em agosto do ano passado, as exportações originárias da capital do minério totalizaram 520,19 milhões de dólares.
Além de Parauapebas e Canaã no topo, os municípios de Barcarena (151,39 milhões de dólares e 22ª colocação) e Marabá (146,23 milhões de dólares e 23ª colocação) marcaram presença entre as principais praças de exportação do país. Ambos também têm na mineração o diferencial: Barcarena com o alumínio e Marabá com o cobre.