Impulsionado por obras de construção civil no setor público, bem como pelas contratações no comércio e no setor de serviços, o município de Parauapebas voltou a brilhar no mapa do emprego nacional. Com saldo líquido superior a 6.000 postos de trabalho com carteira assinada abertos entre janeiro e outubro deste ano, a sensação de empregos só não parece ser maior porque a população municipal cresceu demais (hoje supera 200 mil moradores) e o número de pessoas desempregadas ainda resiste (atualmente na casa de 40 mil).
Dez anos atrás, quando o município criou cerca de 5.400 mil oportunidades formais, a impressão e a sensação de empregabilidade eram maiores porque havia algo em torno de 100 mil habitantes a menos, bem como menos pessoas desempregadas. Era, portanto, mais fácil encontrar emprego e mais difícil localizar quem, em idade de trabalhar, estivesse desocupado.
Apesar de ter enfrentado uma severa desaceleração econômica no meio desta década em razão, sobretudo, da baixa no preço do minério de ferro, único ganha-pão local, Parauapebas começou a se recuperar em 2018 e este ano está matando a pau na geração de vagas. A boa notícia é que o município é o 11º que mais gera empregos com registro em carteira, de acordo com dados divulgados este mês pelo Ministério da Economia, por meio de seu Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
A má é que nos próximos meses, com a conclusão de muitas obras civis e com o enxugamento do comércio após o período das festas de fim de ano, quando se massificam as contratações temporárias, o mercado de trabalho local deverá desacelerar em termos de volume, haja vista os desligamentos naturais notadamente em funções de alta rotatividade, como as da construção civil.
O Blog do Zé Dudu investigou que a construção civil, sozinha, abriu 3.195 postos de trabalho com carteira assinada em dez meses deste ano. Esse setor é importante por ser termômetro da economia. Se ele gera muito emprego, é sinal de que se está construindo muito. Hoje, Parauapebas é o 6º lugar do Brasil onde mais se constrói, superado apenas por Belo Horizonte (15.472 postos de trabalho criados), São Paulo (8.523), Salvador (5.923), Brasília (3.692) e Curitiba (3.590). O setor de construção civil é seguido por serviços, com 2.113 novas oportunidades, e comércio, com 782. As únicas áreas econômicas que insistem em mais demitir que contratar são a indústria da transformação, com 161 demissões, e os serviços de utilidade pública, com 51 desligamentos.
Marabá
Outro desempenho expressivo em nível de Brasil foi o de Marabá, que é atualmente o 15º com a construção civil mais próspera. Com quase 300 mil habitantes, a capital do cobre supera metrópoles com mais de 1 milhão de habitantes, como Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Belém e Maceió em dinamismo no mercado de trabalho. Outros setores que têm impulsionado o mercado de trabalho marabaense e com fartura de empregos são serviços (285 novas vagas criadas), extração mineral (284) e comércio (215).
Confira o ranking preparado com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu dos 20 municípios do país que mais geraram emprego com carteira assinada em cargos e funções da construção civil!