Um estudo recém-divulgado pela organização não-governamental Centro de Liderança Pública (CLP) revela que Parauapebas é a 3ª cidade mais competitiva da Região Norte e está no topo do Pará. Com base na análise de 65 indicadores, organizados em 13 pilares temáticos e três dimensões (instituições, sociedade e economia), a Capital do Minério se sobressai em relação às metrópoles Belém e Manaus e cidades importantes como Araguaína (TO) e Marabá. As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu.
Parauapebas está na posição de número 198 entre 415 cidades brasileiras analisadas no estudo. A cidade paraense melhorou 27 posições em relação ao ranking de 2021 e ocupa posições de destaque nos pilares meio ambiente, sustentabilidade fiscal e acesso à saúde. Seus grandes gargalos, de acordo com o estudo, são segurança, saneamento básico e a qualidade da educação, pilares nos quais está quase no final da fila.
A nota geral de Parauapebas — calculada numa escala que vai de 0 a 100 — foi 51,57 pontos, variando de 75,07 no pilar meio ambiente a 23,71 em capital humano, nota mais baixa atribuída a um indicador do município, que é acompanhado dos desempenhos ruins em acesso à educação (27,18), inovação (30,45) e qualidade da educação (38,16).
Considerando-se apenas o panorama da Região Norte, Parauapebas fica atrás da pontuação de Ji-Paraná (RO), com nota 51,59, e Palmas, com 57,16. Belém, segunda colocada no Pará e 11ª na Região Norte, fez 47,5 pontos, enquanto Santarém (44,58), Barcarena (44,21), Marabá (43,73) e Castanhal (43,7) não chegaram a 45.
Pará tem piores das piores
Lamentavelmente, e como de praxe, a pior cidade brasileira em um estudo de destaque é paraense. No ranking elaborado pelo CPL, Breves, na 414ª posição, e Moju, na 415ª, ocupam os últimos lugares, com notas 31,71 e 26,74, respectivamente. Entre as dez piores colocadas, quatro são nomes do Pará. Além de Breves e Moju, estão São Félix do Xingu (36 pontos) e Tailândia (36,78).
Em seu relatório técnico, a CPL nota que Moju e Breves permanecem como os municípios menos competitivo do país e que o Pará, único estado do país com representantes nas 5 últimas colocações nas duas edições anteriores do estudo, apresenta agora apenas dois nomes nesse grupo. Cametá, Tucuruí e Tailândia, que compunham a lista negra na edição anterior, avançaram, respectivamente, 8, 31 e 2 posições no ranking geral e deixaram de compor o universo dos municípios menos competitivos.