Parauapebas e Belém desfilam entre 25 municípios que mais empregam no Brasil

Em julho, Capital do Minério abriu mais vagas com carteira assinada que 15 capitais brasileiras. Belém, por seu turno, figura na 13ª colocação entre os maiores geradores de emprego no acumulado deste ano

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Depois de uns meses de “descanso” nos rankings de geração de emprego, o município de Parauapebas voltou com tudo. Em julho, a Capital do Minério foi, entre 5.570 localidades, a 24ª que mais abriu postos de trabalho com carteira assinada no país. Foi o melhor julho dos últimos cinco anos do município que viu sua população praticamente dobrar entre o censo de 2010 e a estimativa populacional de 2014.

A informação foi levantada pelo Blog do Zé Dudu, que mergulhou nos dados do Cadastrado Geral de Empregados e Desempregados (Caged) liberados pelo Ministério do Trabalho no final de semana. Em julho, entre contratações e demissões, Parauapebas apurou 1.197 empregos formais líquidos, mais que 15 capitais brasileiras. No acumulado do ano, já são 2.070 vagas líquidas adicionadas ao estoque local, que computa 69.901 cidadãos empregados, sem contar os trabalhadores do setor público.

A esmagadora maioria dos postos criados no município está na construção civil, setor que atualmente prospera no embalo do avanço das obras físicas do Programa de Saneamento Ambiental de Parauapebas (Prosap). Vale ressaltar, contudo, que são oportunidades temporárias, uma vez que os trabalhadores da construção civil geralmente são dispensados assim que os serviços são finalizados.

Capitais que geraram menos empregos que Parauapebas em julho

  • Belém (PA) — 1.180
  • Porto Velho (RO) — 848
  • Campo Grande (MS) — 837
  • Maceió (AL) — 831
  • São Luís (MA) — 802
  • Cuiabá (MT) — 736
  • Porto Alegre (RS) — 686
  • Teresina (PI) — 522
  • Aracaju (SE) — 477
  • Palmas (TO) — 291
  • Rio Branco (AC) — 286
  • Fortaleza (CE) — 259
  • Macapá (AP) — 216
  • Boa Vista (RR) — -11
  • Vitória (ES) — -51

A título de comparação, o Blog do Zé Dudu calculou que a quantidade de trabalhadores empregados apenas em julho na Capital do Minério é maior que a população inteira de oito municípios do país: União da Serra-RS (1.186 moradores), André da Rocha-RS (1.157), Cedro do Abaeté-MG (1.091), Nova Castilho-SP (1.074), Araguainha-MT (1.006), Borá-SP (928), Anhanguera-GO (921) e Serra da Saudade-MG (854).

Capital paraense

A metrópole paraense também foi destaque na geração de oportunidades com registro em carteira nem julho, tendo criado 1.180 empregos naquele mês (25ª colocação) e um total de 10.563 no decorrer deste ano. Belém vive tempos gloriosos de abertura de vagas de trabalho, com o 13º melhor resultado do Brasil, em grande parte devido às obras de infraestrutura para receber a COP30 em 2025. Até lá, é possível que, com investimentos financiados pela prefeitura local e pelo Governo do Estado, a capital paraense se transforme no município campeão de geração de empregos no país.

Além de Parauapebas e Belém, o Pará contou em julho com mais dois nomes importantes numa lista estendida para os 100 maiores geradores de vagas celetistas: Castanhal, com 586 empregos (67ª colocação), e Marabá, com 540 (72ª colocação). No acumulado de 2024, Castanhal se destaca com 2.053 novos postos formais, enquanto Marabá prospera com 3.649.