Parauapebas é um dos destaques como município anfitrião da 9ª Feira Internacional de Turismo da Amazônia (FITA), que ocorre na Estação das Docas, em Belém. No estande do município, os visitantes conhecem a história, cultura e demais atrativos de Parauapebas, que é a capital do ecoturismo de Carajás, uma das regiões de Integração do estado do Pará.
Além de possuir a maior reserva de minério de ferro do mundo, Parauapebas, batizada como a Capital do Minério, possui outros atrativos, como cultura diversificada, gastronomia, Unidades de Conservação e uma reserva indígena, além das espécies da flora e fauna amazônica, que compõem a beleza natural do município, onde é possível encontrar lindas cacheiras.
De acordo com o secretário de estado de Turismo, André Dias, foi uma iniciativa inédita do governo do estado de, pela primeira vez em sua história, a FITA ter um município anfitrião. “Esse é num gesto de reconhecimento e valorização à gestão municipal, do trabalho de prefeitos e secretários municipais no fortalecimento do turismo, como atividade econômica e geradora de emprego e renda para a nossa população”, frisou o secretário.
Com 33 anos de emancipação política, o município já conta com um roteiro variado, que oferece turismo de experiência, natureza e de aventura, modalidades que atraem visitantes do Brasil e de outros países. Parauapebas conta com cinco opções de passeios que fazem parte do tour para quem visita a cidade, que são a Rota das Águas, Rota Carajás, Rota Indígena, Rota do Búfalo e City Tour.
Na Rota City Tour, os visitantes passeiam pelos principais pontos históricos e turísticos da sede municipal. Um deles é o Centro Mulheres de Barro, que trabalha com atividade artesanal de produtos cerâmicos, inspirados em artefatos encontrados por meio de pesquisas arqueológicas. Já a Rota das Águas oferece ao turista lagos e balneários, além de trilhas e degustação da deliciosa culinária regional e rural da Capital do Minério, que tem uma população formada por pessoas vindas de várias partes do país.
A comercialização das gemas minerais extraídas no município – principalmente ametistas -, consideradas uma das melhores do Brasil, e a piscina e cachoeira de águas termais, terapêuticas e medicinais, tornaram o Garimpo das Pedras o atrativo destaque da Rota das Águas. Para os amantes do turismo de experiência, a Rota Indígena é uma das opções.
Entre os atrativos estão artesanato, pintura corporal e pesca nos rios Itacaiúnas e Cateté com artefatos indígenas, além de uma imersão na cultura dos povos nativos, representada pela aldeia Djudjêkô, da terra Xikrin do Cateté. Já para quem gosta da vida no campo, a Rota do Búfalo é uma alternativa.
Localizado somente a 25 km da área urbana, no local o turista pode participar de atividades no campo com agricultores locais, que apresentam o processo de plantação, apicultura e a degustação da culinária rural, com queijo de búfalo. Os amantes da natureza podem escolher a Rota Carajás, com visitação à Floresta Nacional de Carajás, que dispõe de cavernas ferríferas, trilhas, mirantes, savana, cachoeiras e lagoas de águas cristalinas, além do Parque Zoobotânico de Carajás.
Participando o evento, o prefeito Darci Lermen ressalta que o turismo tem uma importância estratégica por se tratar de uma das matrizes econômicas que está sendo trabalhada em alternativa a mineração. Por isso, ele enfatiza que a expectativa é grande com a divulgação dos roteiros do município na FITA.
Outra opção de turismo no município é o de observação de aves, que também vem crescendo no país. Cerca de 600 espécies já catalogadas, Parauapebas desponta como um dos locais com maior quantidade de espécies de aves do planeta e colocam a Floresta Nacional de Carajás no ranking dos principais roteiros para prática da observação dessas espécies, atraindo pessoas de vários países.
Devido ao trabalho realizado para impulsionar o setor, Parauapebas subiu para a categoria B no Mapa do Turismo Brasileiro, programa estruturante que orienta a atuação do Ministério do Turismo e possibilita maior captação de recursos para o desenvolvimento de políticas públicas desempenhadas pelo MTur em estados e municípios. Para saber mais sobre os atrativos, visitantes e moradores contam com o Centro de Atendimento ao Turista (CAT) e os postos de Informações Turísticas (PITs), espalhados estrategicamente pela sede municipal.
Para melhor atender os turistas, o município também investe na qualificação constante dos servidores, com cursos de capacitação. Muitos contam com a parceria do governo do estado, por meio da Secretaria de Estado de Turismo (Setur).
O município também vem investindo na melhoria da infraestrutura da cidade. Dentro dessas ações está o Programa Municipal de Investimentos (PMI). Com o programa, serão construídos o novo Mercado Municipal, que contará com teleférico; a nova rodoviária; o Centro Tecnológico de Gemas e Joias; o Complexo Multicultural; o Museu de Parauapebas; um sofisticado teatro; e uma arena esportiva, com padrão olímpico para receber competições internacionais.
O programa também garantirá a estruturação da Rota Carajás, que ganhará uma ponte suspensa em meio à floresta (para percurso de arvorismo) e uma das maiores tirolesas do mundo, com cerca de 2.600 metros de comprimento por 300 metros de altura, com velocidade que pode chegar a 110 km por hora.
Acesso: No meio da Serra dos Carajás, Parauapebas pode ser acessa por via aérea, ferroviária ou rodoviária. Voos regulares partem de várias cidades do país com destino aos aeroportos de Carajás ou Marabá, a 17 km e 170 km de Parauapebas, respectivamente. A viagem de trem percorre várias cidades do Pará e Maranhão no percurso entre São Luís e Parauapebas.
Por via rodoviário, o município é cortado por duas rodovias estaduais, que dão acesso à rodovias federais. Várias empresas de ônibus e vans fazem linha para o município.
Tina DeBord- com informações Agência Pará