A consultoria Urban Systems colocou os paraenses Parauapebas e Marabá no cenário das melhores cidades onde é possível fazer negócios prósperos e lucrativos. A transformação das riquezas locais em ambientes de negócios sólidos, lucrativos e estáveis pesou positivamente. A informação acaba de ser divulgada num estudo de 60 páginas ao qual o Blog do Zé Dudu teve acesso e que analisa dados combinados dos setores industrial, comercial, de serviços, educação, mercado imobiliário e agropecuária.
A edição 2020 do estudo — designada de “versão 2.0” por se diferir metodológica e conceitualmente das versões anteriores — traduz informações relevantes quanto a demanda, oferta, crescimento do setor, infraestrutura e capital humano relativos a cada um dos seis eixos analisados e que são conformados por um total de 60 indicadores.
As notas dos 326 municípios pesquisados no levantamento são calculadas, para cada um dos eixos, de 0 a 10, compondo o Índice de Qualidade Mercadológica (IQM). Porém, só aparecem as notas das 100 cidades que melhor se posicionam.
A capital do minério é destaque em três segmentos. Sua posição mais relevante está na agropecuária, onde o município ocupa a 18ª melhor colocação entre as 100 localidades mais prósperas do Brasil. Com nota 3,081, Parauapebas conseguiu manter-se quatro casas à frente de Marabá, este um importante celeiro do agronegócio na Região Norte e cuja nota foi de 3,042 pontos. Parauapebas e Marabá, aliás, são os maiores representantes nortistas nesse seleto grupo.
Parauapebas lidera comércio, Marabá avança em educação
A outra boa posição de Parauapebas foi alcançada no 27º lugar em Comércio, com nota 5,152, à frente de Belém, que ocupa o 28º lugar, com 5,149 pontos. No ramo imobiliário, Parauapebas é a 56ª melhor cidade do país, com 3,674 pontos. Aqui, a cidade perde para a vizinha Marabá, com nota 3,778, que, segundo a Urban Systems, é a 30ª mais bem-sucedida no Brasil no ramo de imóveis, com número maior de empreendimentos florescendo por ano.
Nas áreas de serviços, indústria e educação, Parauapebas não conseguiu posicionar-se entre os melhores. A baixa capilaridades do comércio local, que não consegue alcançar o posto de polo regional; a indústria sem diversificação e altamente concentrada na extração mineral; e a queda no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) são fatores que tiraram o rico município desses cenários. Marabá, por outro lado, obteve resultado surpreendente em educação, ocupando a 54ª posição com 3,594 pontos puxados pelo seu crescimento — um dos maiores do Pará — na apuração do último Ideb.
Outros municípios paraenses que apareceram no ranking da Urban Systems, em algum dos seis eixos, foram Barcarena, Ananindeua, Paragominas, Marituba, Cametá, Abaetetuba, Itaituba, Altamira e Santarém. Eles são privilegiados por disputarem espaços de negócios no país lado a lado com municípios socialmente mais desenvolvidos do Centro-Sul brasileiro.