Em janeiro deste ano, a Junta Comercial do Pará (Jucepa) registrou a abertura de 11.743 empresas em todo o Estado, um salto de 68% em relação janeiro de 2023, quando 6.991 abriram as portas. Do outro lado, ainda segundo a Jucepa, houve redução no fechamento de empresas. Nos primeiros meses do ano passado, 2.295 empresas encerraram suas atividades enquanto em janeiro deste ano foram fechadas 1.924.
Sobre o registro de novos empreendimentos, chama atenção da Jucepa o crescimento “significativo” de novos microempreendedores individuais, os MEIs, o que seria motivado pela Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) a ser realizada no próximo mês de novembro, em Belém. Atualmente, o Pará possui 650.296 empresas ativas, das quais 331.190 são de microempreendedores individuais.
Belém lidera o ranking de novos negócios, com 2.975 empresas abertas, seguida por Ananindeua, com 1.188; Santarém, com 674; e Parauapebas (653). Os segmentos que mais se destacaram com a inserção de novos microempreendedores foram: vestuário, estética (cabeleireiro e manicure), promoção de vendas, lanchonetes, bares, restaurantes e serviços domésticos.
Para o presidente da Jucepa, Filipe Meireles, os números refletem os esforços do Governo do Pará, por meio da Junta Comercial, para facilitar o ambiente de negócios. “O aumento na abertura de empresas é resultado dos investimentos e incentivos do Governo do Estado, aliados aos avanços tecnológicos da Jucepa, que têm dado mais celeridade aos processos. Nosso objetivo é tornar o Pará um estado ainda mais atrativo para novos negócios, especialmente com a visibilidade global que a COP 30 trará”, diz.
Pelos dados da Receita Federal, Parauapebas contava, até 31 de janeiro deste ano, com 10.471 MEIs, figurando em quinto lugar no ranking dos municípios com maior número de microempreendedores individuais. À frente de Parauapebas, estão Belém, com 96.910 MEIs; Ananindeua, com 35.996; Santarém, com 17.248; e Marabá, com 12.670.
Renegociação bilionária
Dados do Ministério da Fazenda desta terça-feira (11) mostram que, em todo o País, cerca de 120 mil MEIs, microempresas e empresas de pequeno porte conseguiram renegociar R$ 7,5 bilhões em dívidas bancárias com o governo federal, no período de maio a dezembro de 2024.
A renegociação foi oferecida pelo programa Desenrola Pequenos Negócios, desenvolvido conjuntamente pelos ministérios da Fazenda e do Empreendedorismo, que ofereceu de 20% a 95% de descontos aos pequenos empreendedores, que assim puderam regularizar sua situação fiscal e voltar a acessar linhas de crédito.
O ministro do Empreendedorismo, Márcio França, ressaltou o impacto da medida: “Ao quitar ou renegociar dívidas, essas empresas não só recuperaram o acesso ao crédito, mas também ganharam fôlego para crescer. Só em 2024, programas de crédito para pequenos negócios injetaram R$ 39 bilhões em 600 mil empresas, fortalecendo toda a cadeia produtiva”.
