Parauapebas firma contratos para reestruturar HGP e implantar UTI neonatal

HGP já recebe pacientes vindos de, ao menos, 40 cidades do Pará, o que ressalta seu caráter regional. Além disso, sua produção hospitalar entre 2019 e 2022 é superior à dos regionais de Conceição do Araguaia, Tucuruí e Marabá. Mas manda para fora recém-nascidos em estado grave sem UTI neonatal

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Começaram a ser publicados no Diário Oficial da União (DOU) esta semana os contratos junto a fornecedores para validar a licitação que possibilita, em uma tacada só, a ampliação da clínica médica no Hospital Geral de Parauapebas (HGP), a reestruturação do Pronto Socorro Municipal, a revitalização do Centro de Parto e a Implantação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu.

Iniciada ainda no ano passado, a licitação em forma de pregão teve quase 50 fornecedores homologados para fornecimento de equipamentos e materiais permanentes com vistas a garantir a modernização dos serviços do HGP, ao custo de R$ 1,166 milhão. A medida é fruto do crescimento da demanda por serviços da área da saúde nos últimos anos.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), a gestão de Parauapebas vem buscando implementar melhorias no atendimento ofertado aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), como a substituição de equipamentos obsoletos por novos e a instalação de espaços novos para a prestação de atendimentos mais céleres, humanizados e de melhor qualidade. Ainda segundo a Semsa, a Prefeitura de Parauapebas recebeu incentivo financeiro com recursos destinados à saúde por meio de emendas parlamentares, o que permitiu iniciar a reestruturação.

HGP atende 40 municípios

O HGP funciona com atendimento ininterrupto, 24 horas por dia, todos os dias da semana. As demandas atendidas são espontâneas e referenciadas, desde urgências e emergências, clínicas, gineco-obstetrícia, pediátricas, cirúrgicas e ou traumatológicas. O hospital possui 169 leitos de internação ativos no sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES), com modelo de acolhimento por classificação de risco, e tornou-se referência para municípios circunvizinhos, como Canaã dos Carajás, Curionópolis, Eldorado do Carajás e até mesmo Marabá.

Quando são analisados os atendimentos do HGP por local de residência, constata-se que o hospital tem atendido população de 40 municípios paraenses nos últimos anos. “O Hospital Geral de Parauapebas já é classificado como hospital de grande porte, ou seja, acima de 150 leitos de internação”, explica a Secretaria Municipal de Saúde em nota que pautou a licitação.

O problema é que, diante do tamanho da equipe assistencial e dos números de procedimentos realizados, os equipamentos que hoje existem naquele estabelecimento de saúde são insuficientes e alguns estão em estado de desgaste, haja vista terem sido adquiridos ainda em 2016, quando o complexo hospitalar foi inaugurado.

Megaprodução hospitalar

Em 2022, o Hospital Geral de Parauapebas realizou 10.777 internações: 2.310 na clínica médica; 4.665 na clínica obstétrica; 901 na clínica pediátrica; 1.666 na clínica cirúrgica; 381 na ala psicossocial; 488 na UTI adulto; e 366 na UCI neonatal. Foram realizadas 5.255 cirurgias: 2.515 obstétricas, 1.789 gerais e 951 ortopédicas. E 3.899 partos: 1.820 cesáreos e 2.079 normais. Esses números revelam que, entre 2019 e 2022, a produção hospitalar do HGP foi superior à dos hospitais regionais de Marabá, Tucuruí e Conceição do Araguaia, o que evidencia a importância estratégica, inclusive regional, do Hospital Geral de Parauapebas.

A Semsa diz que é prioritário ao município garantir qualidade e eficiência em serviços de média e alta complexidades, com incorporação tecnológica para estruturar a atenção especializada, com vistas a promoção, proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção a saúde.

Instalação de UTI neonatal

Em Parauapebas, segundo dados do Ministério da Saúde, nascem anualmente entre 4.800 e 5.200 crianças, sendo que 69% desses nascimentos ocorrem no Hospital Geral de Parauapebas. Desse total, 10% são, em média, de crianças com baixo peso ao nascer e 13,5% de crianças prematuras, e ainda assim o HGP não possui unidade de UTI neonatal para atender a esse público.

De acordo com a Semsa, esse tipo de espaço é imprescindível porque, tomando por base a produção hospitalar de 2022, foram realizadas 59 transferências de recém-nascidos, via central de leitos, para municípios que possuem UTI neonatal devido à gravidade dos casos. Sem leitos dessa categoria, Parauapebas fica vulnerável a taxas de mortalidade elevadas de crianças menores de um ano.

3 comentários em “Parauapebas firma contratos para reestruturar HGP e implantar UTI neonatal

  1. Daniel Ribeiro Responder

    Matéria babona!!!! Quanto custou para dizer tanta mentira????? Só quem usa o HGP sabe que isso não condiz com a verdade, não tem uti nem pra adulto que dirá pra criança!!!!

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