Deu certo. A integração e a sintonia entre o prefeito Darci Lermen, o secretário de Educação José Leal Nunes e a vereadora Eliene Soares proporcionaram a conquista de mais um curso de graduação público inédito na Região de Carajás pela Universidade do Estado do Pará (Uepa): Fisioterapia. Pela primeira vez, o curso — que não é ofertado nem mesmo no campus de Marabá — desembarca em Parauapebas, com a oferta de 30 vagas e início no segundo semestre do ano que vem. As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu.

Pela primeira vez, também, a Uepa inseriu Parauapebas no tradicional edital de processo seletivo da universidade, o famoso Prosel (confira aqui), que atualmente lança mão das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para preencher as vagas de ingresso anual. O Prosel 2023, lançado anteontem (26), começou a inscrever nesta quinta-feira (27) e vai até 17 de novembro.

Além de Fisioterapia, que será em período integral, Parauapebas participa no edital com os cursos de Ciências Biológicas e Engenharia de Software, ambos os quais com turmas já ofertadas e em andamento no município. O curso de Enfermagem, que também passou a ser ofertado este ano pela Uepa, não teve “bis”.

Luta histórica

Aos poucos, Parauapebas vai concentrando cursos públicos inéditos na área de saúde. A Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), por exemplo, já se organiza para iniciar o curso de Enfermagem noturno a partir de 2023, com duas turmas de uma vez, e tenta trazer mais novidades nos próximos anos. A Uepa já está com a sua primeira turma de Enfermagem em andamento e, agora, põe Fisioterapia na praça.

Essas iniciativas são fruto de muitos anos de trabalho e muita gente envolvida. A Uepa, no entanto, deu salto de atenção a Parauapebas com a mudança de reitor, uma vez que o atual, Clay Anderson Chagas, é sempre presente ao município, atento às demandas locais e, de longe, mais prático que os antecessores. Em pouco mais de um ano no cargo, Clay mobilizou esforços para a Capital do Minério que em 12 anos antes — desde que se iniciou a luta para implantar um campus local — os ex-reitores não fizeram juntos.

Os cursos que estão chegando nascem de convênio entre a universidade e a prefeitura, e o sonho de ter a Uepa começou ainda no final do primeiro mandato do prefeito Darci Lermen, em 2008. Desde então, o gestor vinha “namorando” a instituição acadêmica até que a “união civil” se iniciou com ato administrativo para a construção do campus, que já está com 98% das obras concluídas.

A vereadora Eliene assumiu a causa de gritar pelos cursos e perdeu as contas das “solas de tamanco” que já gastou indo a Belém em busca de novidades. Além de ter solicitado formalmente os atuais cursos, inclusive de pós-graduação, a parlamentar provocou a Prefeitura de Parauapebas para que estudasse a possibilidade de trazer Fisioterapia, o que foi atendido.

Duas proposições dela (as indicações de número 571/2021 e 215/2022) comprovam a luta, que deu certo e deve movimentar o mundo universitário, já que, tradicionalmente, Fisioterapia é, junto com Medicina, um dos cursos mais disputados da Uepa. Eliene também foi pioneira em pedir que a Uepa colocasse Parauapebas no rol de prioridades, dando espaço para o município no respeitado, aguardado e tradicional Prosel. Os sonhos foram realizados.