O Hospital Yutaka Takeda realiza no próximo dia 03 de dezembro a 1ª Corrida “Natal Solidário”, com concentração na praça da Jari, em Carajás. A ação faz parte do programa “Carajás com Saúde”, que é desenvolvido para os moradores do Núcleo Urbano de Carajás desde 2014.
Para participar, além de ser residente de Carajás, o interessado deve ter mais de 18 anos e levar um kit de higiene pessoal contendo três itens, que pode ser: shampoo, condicionar e sabonete, ou perfume, creme dental e hidratante. As doações serão destinadas para o abrigo “Aconchego do Idoso”, localizado em Parauapebas.
As inscrições vão até a próxima segunda-feira (27), das 18 às 20h, na praça da Rua Jari. Os participantes irão concorrer, de forma amadora, em duas categorias: feminino e masculino. Em ambas haverá a premiação – que serão artigos para estimular a prática da atividade física, como bola de pilates e roupas de ginástica – para os três primeiros colocados.
O critério do evento de ser destinado apenas para os moradores de Carajás gerou polêmica entre os atletas que moram em Parauapebas e fazem questão de participar, principalmente quando tem cunho social.
Robervaldo Vieira de Freitas participa de um Grupo de Corredores de Rua de Parauapebas e disse que o assunto predominou nas conversas de hoje. “Um dos integrantes divulgou o link da corrida de Carajás, mas deixou claro que só moradores de Carajás podiam participar. Os integrantes ficaram tristes pela segregação, afinal, se o objetivo é social, quanto mais gente participar, mais possibilidade de arrecadação. Para se ter uma ideia, na última corrida que aconteceu em Parauapebas do Circuito OAB a adesão foi enorme. Foram quase 500 inscritos e a inscrição era paga, no valor de R$ 50,00. Imagina reverter esse dinheiro para ajudar famílias carentes”, indagou o atleta amador, informando que já participou de corridas onde a inscrição eram dois quilos de alimentos e a arrecadação foi grandiosa”, explicou Vieira.
Robervaldo iniciou em competições neste ano, depois de trocar o futebol pela corrida, e participa sempre quando tem disponibilidade para correr. “Sou a favor dessa corrida ser aberta ao público de Parauapebas, pois vamos mobilizar todos os adeptos a esse esporte. Sem contar na possibilidade de potencializar a arrecadação e integrar o pessoal da cidade com os moradores de Carajás. Se eles estão preocupados com muitas pessoas é só colocar um limite de inscrições, mas nunca deixar que o evento seja restrito”, sugeriu o corredor.
A restrição da corrida gerou polêmica até com os moradores de Carajás, que acreditam terem o direito de convidar amigos para o evento.
O Blog procurou a Assessoria do Hospital Yutaka e esta informou que a corrida foi idealizada para amadores e tem o objetivo de integrar os participantes do programa “Carajás com Saúde”. A nota enviada ao Blog esclarece que: “de segunda a sexta-feira, a praça da Rua Jarí na Serra dos Carajás é o ponto de encontro dos moradores do Núcleo para suas atividades físicas. Eles são acompanhados por um educador físico, que pertence ao programa “Carajás com Saúde”, promovido gratuitamente pelo Hospital Yutaka Takeda”.
A organização informou ainda que fica difícil abrir o evento para os moradores, que não participam do programa em virtude do acesso ao Núcleo Urbano ser monitorado pelo ICMBio.
O Blog também procurou a Assessoria de Imprensa do Instituto Chico Mendes. De acordo com ela, não há nenhuma restrição ao acesso na unidade de conservação, que abrange a Floresta de Carajás.
“Qualquer pessoa pode entrar no Núcleo e quem autoriza é o setor de uso público que fica na portaria de Carajás, assim como funciona com outros eventos, como acontece, por exemplo, na Semana do Meio Ambiente, que tem a descida de bicicleta do aeroporto à portaria. Mas cabe a organização do evento gerenciar a logística para atender os participantes de Parauapebas, o que demanda muito trabalho, principalmente com a logística de transporte”, informou.
Foto: Divulgação Hospital Yutaka Takeda
1 comentário em “Parauapebas: Hospital Yutaka Takeda promove Corrida “Natal Solidário” em Carajás”
É injusto, tinha que ser aberto para todos