A Polícia Militar prendeu, em Parauapebas, na tarde de sábado (23), Rafeel Simão de Oliveira Souza, acusado violência doméstica contra a companheira, Camila Araújo Miranda, a quem atingiu o supercílio esquerdo com uma sanduicheira. A agressão ocorreu em meio a uma discussão, na casa do casal, na Quadra 6 do Bairro Nova Carajás. A mulher, entretanto, se recusou a denunciar o agressor à Polícia Civil.
Uma guarnição fazia rondas pelo Bairro Novo Brasil, quando foi avisada, pela CAD (Central de Atendimento e Despacho), de que no Nova Carajás estava ocorreendo uma situação de violência doméstica. No endereço informado, os policiais militares encontraram a mnuher, com um ferimento no supercílio.
Porém indagada se desejava formalizar denúncia, na Delegacia de Polícia Civil, contra o companheiro, Canila disse que não precisava, e tanbém recusou atendimento médico. Mesmo assim, pela confusão ter resultado em uma lesão corporal, ambos foram conduzidos pelos PMs à 20ª Seciconal Urbana de Polícia Civil, para os procedimentos legais.
Medo do agressor
Pesquisa feita pelo DataSenado, em 2023, em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência (OMV), mostra que, asim como Camila Miranda, 73% das mulheres vítimas de agressão praticada por maridos ou companheiros nao denunciam o agressor por medo de represálias.
A amostra inforna ainda que a falta de punição e a dependência financeira são outras situações que, para 61% das brasileiras, levam uma mulher a não denunciar a agressão, na maior parte dos casos.
Outra pesquisa, aponta que cerca de 65% das mulheres nem sequer sabem da existência da Lei Maria da Penha e de como essa lei pode puniir os agressores. Porém, de outra parte, aproximadamente 30%, sabem da existência da norma, mas não denunciam os agressores “para evitar escândalos”.
(Caetano Silva)