A Prefeitura de Parauapebas, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento (Seden), está promovendo o curso de Biojoias, visando desenvolver a cadeia produtiva do artesanato sustentável. Esta semana, as alunas do curso fizeram um mutirão para coletar sementes de árvores ao longo da PA-275.
As sementes, de espécies variadas, serão utilizadas na confecção das joias. Segundo a instrutora do curso, Maria Saraiva, o objetivo principal é promover a qualificação profissional e potencializar a economia criativa em Parauapebas.
“Nunca tivemos a oportunidade que estamos tendo hoje, que é trabalhar com apoio da prefeitura e poder levar nossas peças às feiras e desenvolver um trabalho com pessoas de baixa renda e que precisam desse apoio social”, frisa Maria Saraiva.
Ela observa que Parauapebas tem uma vegetação rica em matéria prima, para ser usada em confecções de biojoias e, muitas dessas sementes, podem ser coletadas de árvores que fazem parte da arborização da cidade. “Podemos colher nas árvores da nossa cidade e produzir peças maravilhosas e sem alto custo nenhum”, destaca a instrutora .
A coleta de sementes aconteceu, nesta segunda-feira (19), durante a aula prática para que as alunas aprendam a selecionar o material usado na confecção do artesanato. A Acácia e tento-carolina foram alguns tipos de dementes recolhidas às margens da PA-275.
“A gente trabalha com vários tipos de sementes, tanto silvestre, quanto essas aqui da zona urbana. Com elas produzimos colares, pulseiras e brincos. Elas também servem para produzir outras coisas, como material decorativo, incluindo vasos, mandalas e outras peças para decoração”, ressalta Maria Saraiva.
Para o secretário da Seden, Mariano Junior, a biojoia é a verdadeira joia do futuro, assim como esse tipo de curso serve para qualificar, mas também estimular a preservação ambiental, porque é da natureza que vem a matéria prima. “Trabalhar a verticalização da biojoia é muito importante. As alunas tem uma capacidade nata de produzir algo que elas podem vender e ainda agregar valor ao município, assim como aprendem a preservar a natureza”, acrescenta o secretário.
Consciência ambiental que já começa a ter a aluna Luciene Padilha. “Parauapebas tem um potencial muito grande de matéria prima e a gente não valoriza. Quando a gente tem um curso, um conteúdo desses, a gente começa a ver com outros olhos a natureza. Isso é muito bacana”, diz a Luciene, ressaltando que essa oportunidade também abre horizontes para as mulheres que nem sabiam o potencial que tinham.
“São mulheres que precisam só de um apoio. Na nossa sala mesmo, tem muita gente com potencial e nem sabia que tinha. Isso é uma forma de emponderá-las e de dizer: olha, vocês podem, vocês conseguem”, enfatizou Luciene Padilha.
Tina DeBord
Fotos: Ascom PMP