Ficar desempregado no atual cenário econômico do país está entre os maiores problemas do brasileiro. Em Parauapebas, a situação não é diferente. O município, que já foi recordista na geração de emprego, atualmente acompanha a crise que ocorre no Brasil.
Todos os dias são centenas de trabalhadores demitidos pelas grandes e pequenas empresas instaladas na cidade. A situação é comprovada pelas filas nas portas das empresas e no Sistema Nacional de Empregos de Parauapebas (SINE) e reforçada por pessoas que estão há meses procurando emprego.
Formada em administração, a jovem Aline Gomes, ficou desempregada em setembro de 2015, desde então procura emprego e encarou o desafio de trabalhar como vendedora por falta de vaga na sua área. “O desemprego sempre foi um dos meus maiores medos e precisei encarar o problema. Este mês decidi trabalhar fora da minha área porque não tive opção’, declara a jovem.
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou no último dia 26, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). De acordo com os números, Parauapebas aparece como a terceira cidade que mais demitiu no mês de janeiro.
Foram 1.169 trabalhadores admitidos contra 1.728 pessoas demitidas, um saldo negativo de 559 pessoas que perderam seus empregos. A pesquisa realizada em todo o Pará apresenta as cidades do interior do estado como Marabá com perda de 333 postos de trabalho no primeiro mês de 2016. Foram contratados 1.298 trabalhadores, mas foram demitidas 965 pessoas.
Em todo o estado, em janeiro foram perdidos 4.470 empregos, equivalente à redução de 0,58% em relação aos assalariados com carteira assinada do mês de dezembro de 2015. No ranking Belém aparece com 6.173 empregados e 6.990 demitidos e um saldo negativo de 817 postos de trabalho perdidos.
O comércio lidera a lista dos setores que mais demitiram. Foram 1.502, seguido da construção civil com 1.436 e a indústria com 989 demitidos em todo estado.