Algo de muito estranho vem acontecendo na Procuradoria Geral do município de Parauapebas. O novo comandante daquela pasta, que na opinião desse pôster deve ser uma pessoa que contabilize total confiança do prefeito, vem, sistematicamente cometendo erros primários que estão levando ao engessamento jurídico aquela procuradoria e, em consequência, o restante do governo.

Mario Brasil, o atual gestor, foi figura importante na campanha que culminou com a eleição de Valmir Mariano ao cargo de prefeito de Parauapebas. Amigo pessoal da família do prefeito, foi conduzido ao cargo, mesmo que nos bastidores se colha a notícia de que Valmir tinha a preferência por um procurador concursado, de carreira.

Logo no início do governo, o PGM tratou com desdém e truculência o tema sobre a suspensão do Programa Lote Urbanizado, que tanto desgaste trouxe ao neófito governo. Me parece ter faltado uma certa experiência no trato da coisa pública e traquejo político, essenciais ao cargo.

Mario Brasil, segundo se sabe, enclausurou-se em seu gabinete, não tendo humildade bastante para reconhecer que ninguém sabe tudo e que o cargo que agora ocupa pode trazer dissabores profissionais que jamais poderão ser reparados. Seria mais prático, útil e eficaz à sua gestão e ao governo que os procuradores de carreira ali lotados fossem parceiros de Brasil, mas segundo consta, o clima não é dos melhores, devido ao distanciamento que ele impôs, pois possíveis atos equivocados dele mancham a procuradoria como um todo. É praxe , como este mesmo blogger advertiu antes da posse do mesmo, que o melhor é que fosse um procurador de carreira, escolhido como Procurador Geral. Falta de aviso não foi. Procurador Geral tem que estar ao lado do Prefeito, dando-lhe segurança jurídica e não provocando constrangimento atrás de constrangimento.

Uma das últimas constatações da falta de experiência de Mario Brasil veio da Câmara Municipal de Parauapebas. O Projeto de Lei nº 001/2013, que alterava artigos de uma Lei de 2011, visando melhorias na estrutura governamental de uma secretaria não foi recebido pela Câmara Municipal de Parauapebas. A alegação? Infringência do Regimento Interno e erros gramaticais nunca vistos por um documento emitido pela PGM local.  Nunca antes na história dessa PGM um documento deixou de ser recebido por qualquer órgão por conter erros primários de redação.

As prerrogativas atribuídas ao procurador geral do município são de alta responsabilidade. Cabe a ele a condução jurídica do governo. Pareceres emitidos pela PGM refletem não só no bom andamento do governo mas, na melhoria da condição de vida da população.

Como diz o velho ditado, “de bem intencionado o inverno está cheio”. Mario Brasil é uma figura agradável, aprazível e cheia de boas intenções. Todavia, é necessário que calce imediatamente as sandálias da humildade e procure desenvolver uma relação cordial, profissional e delegada com os demais procuradores de carreira ali lotados, sob a pena de ver essa confiança que Valmir Mariano depositou nele virar desconfiança, se é que já não virou.

O procurador geral do município de Parauapebas não precisa estar nos holofotes da imprensa. A ele basta coerência, sensatez e capacidade de gestão. Usando esses atributos a roda girará normalmente e todos ficarão felizes.  

Assim espero!