A notícia de que policiais militares haviam efetuado a apreensão de máquinas de caça-níqueis no último dia 30 em Parauapebas está estampada no Jornal Correio do Pará e no Jornal de Parauapebas. Fiquei satisfeito pensando que, finalmente, a polícia civil e militar havia resolvido colocar um fim nessa contravenção em Parauapebas.
Ao ler a matéria me deparo com os fatos e intuo que a apreensão só foi realizada por um simples acaso, pois ocorreu uma discussão entre o apostador e o suposto dono das máquinas presas, por desacordo comercial, sendo somente esse o motivo da apreensão, infelizmente.
Em Parauapebas já são pra mais de 400 máquinas distribuídas por bares e lanchonetes que lucram valores superiores a R$1.500.000,00 por mês. Segundo um funcionário lotado na DEPOL de Parauapebas, que pediu para não ser identificado, essas máquinas pertencem a cinco pessoas e na grande maioria das vezes os apostadores são lesados, pois, diferentemente do modo como operam nos cassinos espalhados pelos Estados Unidos, aqui no Brasil elas são programadas para pagar cerca de 20%. Enquanto lá, as máquinas são usadas para diversão e a programação é de somente 25% de lucro para os donos.
Fiquei sabendo hoje que a Promotora de Justiça, Drª Melina Barbosa, uma das responsáveis pela Comarca de Parauapebas, ficará pelo menos até o final do ano em nosso município, diferente dos seus antecessores cujo as estadias não duravam mais de 90 dias. Sendo assim talvez ela, usando o poder de fiscalização e zelo pelo fiel cumprimento da Lei que cabe ao MP, possa se atentar para esse assunto e manter em rédeas curtas o comércio do jogo de azar em terras parauapebenses.
Fica aqui o espaço para que as autoridades constituídas se pronunciem acerca dos motivos da falta de atitude do poder judiciário com relação a este assunto.