Parauapebas pula pandemia e é um dos maiores geradores de emprego no país

Entre janeiro e abril, capital do minério teve saldo de 1.120 vagas com carteira assinada e ficou em 16º lugar entre lugares que empregam. Vale não paralisou e carregou emprego nas costas.

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Apesar da disparada em pedidos de seguro-desemprego nos meses de março e abril em Parauapebas, como reportado pelo Blog do Zé Dudu recentemente, a força dos meses de janeiro e fevereiro na geração de empregos do maior minerador do país garantiu uma posição confortável no resultado do primeiro Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do ano divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Ministério da Economia. O município é simplesmente o 16º maior empregador do Brasil, com saldo acumulado de 1.120 novas vagas criadas. As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu.

O resultado é excelente em meio a um mar numérico de notícias ruins vindas do Caged. De janeiro a abril deste ano, o Brasil fechou 763.232 postos de trabalho com carteira assinada, sendo 6.935 deles aqui no Pará. As demissões ultrapassaram as contratações a partir de março, na esteira do avanço da pandemia do novo coronavírus.

Além de Parauapebas, ostentam bons resultados de geração de postos de trabalho no acumulado do primeiro quadrimestre os municípios de Moju (+429), Itaituba (+319), Santa Izabel do Pará (+300), Rondon do Pará (+97), Rio Maria (+90), Acará (+81), Vigia (+65), São Miguel do Guamá (+64) e Conceição do Araguaia (+58).

No caso de Parauapebas, os resultados do primeiro quadrimestre precisam ser analisados com cautela, mesmo porque em abril, mês isolado mais recente, o município fechou no vermelho, com 94 postos de trabalho detonados. A julgar pelos pedidos de seguro-desemprego processados até o momento, a tendência de demissões deve atravessar maio.

Municípios paraense sentiram menos

Dos 5.570 municípios brasileiros, o Blog do Zé Dudu contabilizou mais demissões que contratações em cerca de 2.900 deles (52%) durante o primeiro quadrimestre deste ano. Havia meses que os municípios com saldo no vermelho não eram maioria. Outras 350 localidades (6,5%) tiveram saldo zerado, porque o total de novas contratações foi o mesmo de demissões. No Pará, dos 144 municípios, exatamente metade, 72, fechou no vermelho.

As baixas foram puxadas por Altamira (-2.030), Belém (-1.198), Barcarena (-760), Tailândia (-696), Tucumã (-475), Oriximiná (-473), São Domingos do Capim (-468), Castanhal (-431), Santarém (-322) e Marabá (-320). Apesar disso, nenhum município do Pará está entre os 50 do país que mais demitem. Altamira, o que mais desempregou, aparece na 88ª colocação.

Entre as capitais, mesmo Belém sendo uma metrópole com cerca de 1,5 milhão de habitantes, a situação da maior cidade paraense é, em comparação com as demais, a menos ruim. Praticamente todas as metrópoles com mais de 1 milhão de moradores tiveram mais de 5.000 novos desempregados no período de janeiro a abril. Em Belém, contudo, o número não chegou a 1.200.

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