A Coordenação Regional de Parauapebas, da Comissão Estadual de Assuntos Minerários (CAM) da OAB-PA, realiza nesta quinta-feira, dia 19, no Centro Universitário de Parauapebas (CEUP) a terceira reunião sobre os preparativos para a Audiência Pública da Mineração do Pará. Participam representantes de entidades civis e sociais, órgãos públicos e associações das comunidades impactadas com a exploração do minério na cidade.
O coordenador Regional da CAM, Rubens Moraes Junior (foto), disse que a reunião pretende ouvir a sociedade civil e receber os esclarecimentos do Poder Público. “A gente quer com a realização da audiência pública, identificar os principais impactos econômicos, sociais e ambientais nas cidades de Parauapebas, Curionópolis e Canaã dos Carajás e quais são os instrumentos a serviço da comunidade para a defesa dos seus direitos”, enfatizou o coordenador.
Na última reunião, realizada no dia 4 de outubro, representantes das comunidades afetadas com a exploração do minério pela Vale, citaram os problemas. “Na Palmares 2, o impacto é social, com a falta de infraestrutura rural e urbana. A Vale continua trazendo pessoas de fora para trabalhar enquanto há muitos da nossa comunidade que estão desempregados”, destacou Jorge Nere, líder do Movimento Palmares 2.
A vereadora Eliene Soares (PMDB) também participou da reunião e destacou que vem acompanhando as denúncias sobre a seca dos rios. “É grave a situação que afeta o nosso meio ambiente. Temos fotos da lagoa próxima das comunidades Ipiranga e Tropical que antes era cheia e depois da exploração do minério, simplesmente secou”. A vereadora também falou sobre a contaminação dos rios e do risco à saúde dos moradores. “A audiência pública é a oportunidade para cobrar dos responsáveis que corrijam esses erros e se comprometam a recuperar as áreas afetadas com a extração do minério”.
A Audiência Pública da Mineração do Estado do Pará vai ser realizada no dia 26 de outubro, na Câmara de Vereadores de Parauapebas.