Com o intuito de fortalecer e discutir as políticas públicas educacionais vigentes no país, Parauapebas sediou entre os dias 14 e 16 de março o 3º Encontro da Comunidade do Plano de Ações Articuladas (PAR) – Arranjo Pará Sudeste. O evento ocorreu no auditório da Prefeitura Municipal e reuniu representantes da área da educação dos municípios de Marabá, Eldorado dos Carajás, Curionópolis, Ourilândia do Norte, Canaã dos Carajás e Parauapebas.
De acordo com a diretora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), Tereza Cristina, o objetivo maior do encontro é socializar o PAR, que é uma espécie de planejamento multidimensional da política de educação que municípios, estados e Distrito Federal devem elaborar para um período de quatro anos – 2008 a 2011. O PAR é coordenado pela secretaria municipal ou estadual de Educação, mas deve ser feito com a participação de gestores, professores e comunidade local.
Para a formadora municipal da Comunidade PAR, Veronice Coelho, é necessária a participação coletiva para que as desigualdades que permeiam o Brasil sejam minimizadas. “Cada um de nós, presentes aqui, tem o compromisso de fazer a parte que lhe compete, para que crianças, jovens e adultos desta região tenham, cada vez mais, melhores condições de ensino, e ensino de qualidade”, destaca.
Entenda o PAR
Para concretizar seu Plano de Ações Articuladas, os municípios devem realizar um diagnóstico minucioso da realidade educacional local. A partir disso, desenvolverão um conjunto coerente de ações que resultarão no PAR. O instrumento para o diagnóstico da situação educacional local está estruturado em quatro grandes dimensões: Gestão Educacional; Formação de Professores e dos Profissionais de Serviço e Apoio Escolar; Práticas Pedagógicas e Avaliação; e Infraestrutura Física e Recursos Pedagógicos.
Cada dimensão é composta por áreas de atuação, e cada área apresenta indicadores específicos. Esses indicadores são pontuados segundo a descrição de critérios correspondentes a quatro níveis. Na metodologia adotada, apenas critérios de pontuação 1 e 2, que representam situações insatisfatórias ou inexistentes, podem gerar ações.
Segundo o secretário municipal de Educação, Raimundo Neto, é muito importante aperfeiçoar os instrumentos de gestão do processo de educação. “Apesar dos consideráveis investimentos na educação do país, o Brasil ainda apresenta déficit nessa área, que é um dos pilares para o desenvolvimento e progresso da Nação. Por isso, é papel de todos nós implementarmos ações que visem a melhorar a qualidade da educação”.
Neto enfatiza que a realização de diagnósticos não deve servir apenas para conhecer a realidade, mas também para modificá-la. “É importante somarmos e dividirmos experiências para nos tornamos agentes transformadores da realidade. Esse é o papel do educador”.
Texto: Rosiere Morais / Com informações do MEC