O Serviço de Inspeção Municipal (SIM) intensificou as ações de fiscalização para combater a comercialização de produtos de origem animal sem o selo inspeção dos órgãos de controle e fiscalização em Parauapebas. As inspeções estão sendo feitas em frigoríficos, laticínios e queijarias para garantir a qualidade dos produtos produzidos no município.
O órgão alerta à população sobre a importância de sempre conferir nas embalagens ou nas carnes a presença da marca dos serviços de inspeção. O SIM observa que consumir produtos de origem animal que não têm selo de inspeção dos órgãos de controle e fiscalização pode ser perigoso para a saúde.
De acordo com a médica veterinária Elke Melo, responsável pela inspeção em frigoríficos, todo produto de origem animal deve passar por inspeção veterinária que atesta se ele está apto ou não ao consumo humano. “Busquem produtos inspecionados que tenham o selo ou o carimbo do SIM. Assim você estará comendo um produto sadio, que passou por avaliação de veterinários e técnicos, que não deixam passar nada impróprio”, orienta Elke Melo
O mesmo alerta é feito pela medica veterinária Jocasta Piovesan, responsável pela inspeção nos laticínios e queijarias do município. “A gente pede para a população sempre consumir os produtos que têm o selo, porque são de qualidade e não vão trazer risco de contaminação”, reforça Jocasta Piovesan.
O SIM faz parte da Secretaria Municipal de Produção Rural (Sempror). Segundo o órgão, Parauapebas conta com três frigoríficos para abate de carnes bovina, suína e de aves.
As equipes do SIM realizam trabalho diário de inspeção nesses estabelecimentos. “Nós observamos o animal ainda vivo, acompanhados de um GTA para sabermos a origem dele. Isso nos dá informações se ele passou por inspeção veterinária desde pequeno até chegar ao ponto de abate. Avaliamos também se é realizado um abate humanitário”, explica Elke Melo.
A equipe segue protocolos internacionais, realizando a inspeção ante mortem, que é um exame que inclui a avaliação documental, do comportamento e do aspecto do animal e seus sintomas de interesse para áreas de saúde animal e de saúde pública; e a inspeção post morten, que atesta a qualidade do produto final. “Nós temos técnicos de inspeção que ficam em cada linha de produção, programadas para a gente saber todo o funcionamento do animal. Todas as partes do animal são avaliadas. Se a gente encontrar algum com doença, temos que avisar a Adepará para que se mantenha o controle e não se propague essa enfermidade”, acrescenta Elke.
Segundo ela, os animais saudáveis, mas que apresentam contusões e que não estão visivelmente adequados, podem ser consumidos de outra forma. Eles são destinados para a composição de produtos embutidos e charques, por exemplo, o chamado aproveitamento condicional.
Nos laticínios e queijarias as inspeções também senguem todos os protocolos. Parauapebas produz de forma industrial leite pasteurizado, iogurte, queijos diversos e manteiga, que passam por inspeção do SIM.
As equipes realizam vistorias periódicas para avaliar as condições de higiene e o procedimento de produção. “A gente vai até o estabelecimento, avalia a matéria-prima. A gente verifica como o leite chega e todo o processo de produção, até a embalagem. Se tiver tudo dentro dos conformes, o produto é liberado para o consumo humano. Cada produto tem um número de registro”, explica Jocasta, ressaltando que o município conta com dois laticínios e três queijarias que são inspecionadas pelo SIM.
Tina DeBord