A Polícia Militar prendeu ontem (22), em cumprimento a Mandado de Prisão Preventiva, na Rua Floriano Peixoto, Bairro Bela Vista 2, em Parauapebas, Railson Ferreira da Silva, 33 anos. Ele é acusado pelos crimes de violência doméstica, lesão corporal, extorsão, ameaça e incêndio. A vítima foi Maria Paulina Bezerra, com quem ele teve relação conjugal nos meses de junho e julho de 2017, morando em Anapu.
Nesse período, Maria Paulina sofreu diversas agressões físicas impostas por Railson, como puxões e cabelo e mordidas nas mãos, em uma delas chegando a arrancar a ponta de um dos dedos da mulher, entre outros tipos de violência. Em determinado momento, ela decidiu se separar do homem, que não aceitou o rompimento e passou a ameaçá-la de morte. “Ameaça pra você é pouco, justificação de uma traição só a morte”, relatou Paulina ao prestar queixa na Delegacia de Polícia Civil, em setembro de 217.
Na época, a Justiça decretou, em medida protetiva, que Railson estava proibido de se aproximar da mulher ou da casa dela. Porém, dois meses depois, Maria Paulina Bezerra retornou à delegacia, onde denunciou que o homem havia desobedecido a ordem judicial e voltou a persegui-la e ameaçá-la, dizendo: “Você mandou me prender, mas não eu em nada. Me aguarde que eu estou chegando”.
Além disso, exigiu que ela lhe desse a quantia de R$ 10.000,00 para que a deixasse em paz, afirmando que, caso a mulher não atendesse à exigência, publicaria em grupos de mensagens e em redes sociais, fotos íntimas dela, obtidas quando ainda viviam juntos.
Não conformado, dias depois, em 29 de novembro de 2017, por volta das 3h da madrugada, ele esteve na casa da mulher a ateou fogo no imóvel, momento em que Maria Paulina e seu irmão, Rogério Bezerra, viram Railson fugindo em uma moto.
Antes, logo quando foi preso pela primeira vez, Railson Ferreira da Silva, por meio de um advogado, conseguiu liberdade provisória, mas, depois de todos os fatos narrados, em 11 de agosto de 2021, o desembargador Mairton Carneiro, suspendeu o privilégio e determinou a preventiva do acusado, que até então estava foragido.
No dia de ontem (22), a equipe do GTO, Viatura 2305, foi avisada, pela base do 23º BPM, que Railson estava escondido em Parauapebas. Nos endereços indicados, ele não foi encontrado, mas, nas imediações, ele foi visto em um bar, reconhecido por foto enviada aos policiais. Identificado, o foragido ainda esboçou reação de fuga, mas foi logo contido, algemado e recebeu voz de prisão, sendo conduzido à 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil para as medidas legais.
(Caetano Silva)