Acostumada a conviver com sua fama de Capital do Minério, devido ao fato de se sustentar econômica e financeiramente pela produção de minério de ferro de elevado teor de pureza, eis que Parauapebas também surge nesta quinta-feira (13) como cenário paradisíaco do esporte paralímpico. E muito bem representado por elas, as meninas, obrigado.
Hoje, o Ministério da Cidadania publicou uma portaria para contemplar atletas de programas olímpico e paraolímpico e dois nomes de Parauapebas, em meio a 7.197 esportistas, brilham nos primeiros lugares, levando o nome do município para além de seus próprios limites. As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu e podem ser conferidas em publicação do Diário Oficial da União desta quinta (veja aqui).
Aparecida Vitória Gomes da Silva e Gessica Thaiz Souza de Araújo são, respectivamente, a 1ª e a 3ª melhores do país no judô de cegos dentro das categorias de idade nas quais competem. Aparecida Vitória é a invencível nacional entre os competidores iniciantes, enquanto Géssica Thaiz sobe ao pódio entre os três melhores da categoria principal da modalidade.
As rainhas do judô paralímpico precisam, agora, assinar e encaminhar um termo de adesão já informado pelo Ministério da Cidadania para receber a bolsa-atleta. Elas têm 30 dias, a partir de hoje, para encaminhar o termo. De acordo com o ministério, o primeiro pagamento está previsto para ocorrer no mês subsequente ao da chegada do documento. A concessão da bolsa-atleta não gera qualquer vínculo entre os atletas beneficiados e a administração pública federal.
Investimentos
A gestão do prefeito Darci Lermen preparou investimentos da ordem de R$ 9,078 milhões, conforme a Lei Orçamentária Anual, para aplicar no que chama “talentos esportivos”, um projeto que está inserido no programa de rendimento esportivo. No ano passado, a Prefeitura de Parauapebas aplicou R$ 3,219 milhões no programa, além de ter investido R$ 2,133 milhões no esporte participativo e R$ 461,6 mil no esporte cidadão.
A formação de parcerias entre o poder público municipal e entidades privadas voltadas ao esporte, até mesmo com academias de ginástica, pode incentivar a formação de mais entusiastas por esportes e que podem se revelar grandes atletas e competidores. Hoje, Parauapebas tem um universo de aproximadamente 20 mil praticantes de atividades físicas e ou algum tipo de esporte, mas ainda são poucos os nomes locais com resplendor nacional, como Aparecida Vitória e Géssica Thaiz. Muito mais que dinheiro para amparar uma grande gama de modalidades esportivas, é preciso transformar e otimizar investimentos em resultados sólidos e visíveis para além dos muros, a fim de que o município tenha reconhecimento por ser celeiro de atletas de alto nível. O esporte contribui para a inclusão social, para o engajamento econômico e para o resgate da cidadania em comunidades de elevada vulnerabilidade socioeconômica