Parauapebas ultrapassa Marabá em nascimentos; veja números do Pará

Dados de 2019 mostram, entretanto, que total de nascimentos encolheu ao passo que número de mortes aumentou. Apesar disso, Parauapebas cresce mais que maioria das cidades médias

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Pela primeira vez, desde que foi emancipado em 1988, Parauapebas viu o número de nascimentos de filhos seus superar o do município-mãe, Marabá, o que demonstra o crescimento demográfico imperial da capital do minério. A constatação foi feita com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu, que se debruçou sobre os microdados da 46ª edição das “Estatísticas do Registro Civil”, levantamento organizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que compila informações de cartórios de todo o país. Os dados divulgados agora são de 2019.

No ano passado, Parauapebas registrou 4.465 nascimentos, 40 a mais que Marabá, que viu nascer 4.425 novos habitantes. Parauapebas só ficou atrás de Belém (18.759), Ananindeua (6.972) e Santarém (6.851), municípios que, contudo, são bem mais populosos. Atrás da capital do minério, além de Marabá, estão Castanhal (3.342 nascimentos), Abaetetuba (2.860), Breves (2.830), Cametá (2.517), Altamira (2.406) e todas as demais localidades paraenses.

Entre todos os 5.570 municípios brasileiros, Parauapebas ocupa a posição de número 83 em nascimentos, enquanto Marabá está em 87 nessa fila — posições, diga-se de passagem, bem expressivas para ambos, já que nenhum dos dois ainda está entre os 100 mais populosos do Brasil. O número de novos nascimentos é indicativo do avanço populacional e, em lugares como Parauapebas, de intensa mobilidade humana, pode exigir do poder público a implementação de políticas mais amplas nas áreas de saúde, educação e infraestrutura, puxadas pela demanda elevada de crianças.

Em 2019, as cidades que mais registraram novos moradores foram São Paulo-SP (159.318), Rio de Janeiro-RJ (77.209), Brasília-DF (42.481), Manaus-AM (38.184), Fortaleza-CE (34.414), Salvador-BA (33.056), Belo Horizonte-MG (28.500), Curitiba-PR (21.424), Recife-PE (21.391), Guarulhos-SP (20.342), Goiânia-GO (19.722), Belém-PA (18.759) e São Luís-MA (17.034). Curiosamente, na cidade de São Paulo foram registrados cerca de 17 mil nascimentos a mais que em todo o estado do Pará. Porém, a cidade de São Paulo tem quase 4 milhões de pessoas a mais que todo o Pará.

Crescimento vegetativo

Quando se é levado em consideração o saldo líquido de novos habitantes, pela diferença entre nascimentos e mortes, Parauapebas sobe para a 47ª colocação nacional, uma vez que a quantidade de óbitos do município é consideravelmente inferior ao restante do país. Aliás, no Pará inteiro o número de mortes é proporcional e expressivamente inferior ao restante do país, principalmente quando comparado aos estados mais desenvolvidos do país.

Em Parauapebas, o saldo líquido de novos habitantes em 2019 — excetuando-se a migração — foi de 3.809 indivíduos, mais que os 3.501 de Marabá e inferior apenas ao registrado em Belém (11.152), Santarém (5.330) e Ananindeua (5.283). Foram registrados 656 óbitos na capital do minério no ano passado, 37 a mais em relação a 2018. Em Marabá, por outro lado, foi registrada a diminuição de 70 óbitos, passando de 994 para 924.

No Brasil, os maiores saldos brutos vegetativos (diferença entre nascimentos e mortes) de 2019 ficaram com São Paulo (81.527), Brasília (29.729), Manaus (27.072), Fortaleza (19.475), Rio de Janeiro (16.975), Salvador (16.101), Guarulhos (12.296), Belo Horizonte (12.082), São Luís (11.578), Goiânia (11.293), Belém (11.152) e Curitiba (10.503).

Confira os números detalhados, de nascimentos e mortes, de todos os 144 municípios paraenses preparados pelo Blog do Zé Dudu!

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