Parauapebas vai embolsar R$ 138 milhões em royalties; veja valores de novembro

Até o momento, administração local embolsou R$ 1,23 bi em Cfem, mais que receita inteira de Marabá. Com cota deste mês, montante saltará para R$ 1,37 bi, dobro da receita da Santarém

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Apesar da queda e da instabilidade no preço do minério de ferro, uma das principais commodities da pauta produtiva nacional, as contas dos municípios produtores desse recurso continuam bombando. Que o diga a Prefeitura de Parauapebas, que verá este mês a apetitosa fortuna de R$ 138,2 milhões em conta corrente até, provavelmente, dia 15.

A informação foi levantada com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu, que calculou nesta segunda-feira (1º) o valor a que cada município paraense faz jus na “fila do pão” da produção mineral. O Blog antecipa agora os valores da cota-parte da famosa Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem) correspondente às prefeituras de municípios paraenses que tiveram produção mineral expressiva este mês.

Em outubro, 53 municípios paraenses registraram atividade mineradora com geração de receita aos governos locais. A administração de Parauapebas, maior produtor nacional de minério de ferro, vai receber 1,5 milhão de vezes mais dinheiro, por exemplo, que a Prefeitura de Acará, que só receberá cerca de R$ 91 por mineração de argila, conforme apurou o Blog.

Depois da Prefeitura de Parauapebas, a que mais faturará este mês é a de Canaã dos Carajás, também escorada na Cfem derivada da produção de minério de ferro. O governo da tão jovem e pequena cidade — ainda assim, a que mais cresce no país — vai assistir ao despejar de R$ 92,3 milhões, que se somarão a outros R$ 944 milhões que já passaram pela conta da prefeitura. Canaã é, não custa repetir, o município financeiramente mais próspero do Brasil, com arrecadação por habitante sem igual. Ele já tem mais dinheiro que a capital do Tocantins, Palmas.

Além dos medalhões do ferro, os royalties de mineração também tornarão ainda mais rica a Prefeitura de Marabá, que receberá agora em novembro R$ 9,6 milhões pela produção de direta processada em seu território, sem contar os cerca de R$ 4 milhões por ser afetado pelas operações extrativas no vizinho Parauapebas. Confira o recolhimento das dez prefeituras mais bem-sucedidas no ramo da indústria mineral paraense.

AS 10 PREFEITURAS QUE MAIS VÃO RECEBER ROYALTIES

1º — Parauapebas: R$ 138.184.587,86

2º — Canaã dos Carajás: R$ 92.253.087,86

3º — Marabá: R$ 9.634.911,02

4º — Curionópolis: R$ 4.639.902,87

5º — Paragominas: R$ 3.330.532,49

6º — Itaituba: R$ 2.938.764,11

7º — Oriximiná: R$ 2.052.867,04

8º — Juruti: R$ 1.274.091,16

9º — Ipixuna do Pará: R$ 602.340,41

10º — Santa Maria das Barreiras: R$ 602.288,09

4 prefeituras do Pará esbarram MG inteiro

A quantidade de royalties a ser recebida agora em novembro por Parauapebas, Canaã dos Carajás, Marabá e Curionópolis é equivalente à distribuição total das 388 prefeituras do estado de Minas Gerais, conforme apurou com exclusividade o Blog do Zé Dudu. Enquanto, juntas, as quatro prefeituras paraenses vão abocanhar R$ 244,71 milhões, as quase quatro centenas de prefeituras mineiras vão ratear R$ 244,49 milhões.

Minas, no entanto, tem o maior número de prefeituras que devem passar a mão em mais de R$ 10 milhões em royalties este mês, nove ao todo: Congonhas (R$ 45,083 milhões), Itabirito (R$ 29,855 milhões), Conceição do Mato Dentro (R$ 29,546 milhões), Mariana (R$ 20,788 milhões), Nova Lima (R$ 15,935 milhões), Itabira (R$ 15,767 milhões), Itatiaiuçu (R$ 14,844 milhões), São Gonçalo do Rio Abaixo (R$ 14,438 milhões) e Brumadinho (R$ 13,611 milhões).